Quinta-Feira, 1 de Maio de 2025
Coxim
01/11/2013 10:23:03
Cemitério central abriga personalidades que ajudaram construir a história de Coxim
Localizado numa área nobre, o cemitério central de Coxim pode ser considerado um grande museu a céu aberto, pois nele estão sepultadas algumas das figuras mais importantes, que ajudaram a construir a história do município, em diversas áreas.

Luma Danielle Centurion

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Foto: EMS

Localizado numa área nobre, o cemitério central de Coxim pode ser considerado um grande museu a céu aberto, pois nele estão sepultadas algumas das figuras mais importantes, que ajudaram a construir a história do município, em diversas áreas.

Pensando nisso, na véspera do Dia de Finados, nossa reportagem percorreu o cemitério em busca de personalidades importantes e curiosas da nossa sociedade. Entre elas está Zacarias dos Santos Mourão, poeta, compositor e jornalista, um dos autores da música Pé de Cedro.

Nascido em Coxim, em 15 de março de 1928, o menino Tió rodou o Brasil divulgando a música, que se tornou hino oficial do município. Por onde passou, Zacarias Mourão atuou como garoto propaganda de Coxim, para todas as pessoas que cruzaram seu caminho dizia que deveriam conhecer Coxim.

Aos 61 anos, em 23 de maio de 1989, um dos filhos mais ilustre de Coxim foi assassinado, seu corpo foi encontrado dentro da casa onde morava, em Campo Grande, mas foi sepultado no cemitério central de Coxim.

O mesmo cemitério também guarda os restos mortais de Hervê Mendes Fontoura, falecido em 15 de novembro de 1982, quando concorria ao segundo mandato para prefeito de Coxim. O corpo está sepultado em dos jazigos mais imponentes do cemitério. Em sua gestão, entre 1967 e 1969, foi que surgiu a implantação do bairro Flávio Garcia, com distribuição de lotes, inicialmente como posses e posteriormente, legalizados aos seus ocupantes.

Também prefeito em Coxim no ano de 1951, Mário Bacha ficou conhecido não só no município, mas na região, por tomar a iniciativa de colonizar o patrimônio de Pedro Gomes, que naquela época um pequeno povoado distribuído em poucas residências e algumas casas comerciais.

Foi na gestão de Bacha que ocorreu a emancipação do Distrito de Coronel Galvão, que foi desmembrado do município de Coxim e recebeu a denominação de Rio verde de Mato Grosso, para distinguir do seu topônimo de Goiás. Mário Bacha faleceu aos 75 anos e foi sepultado em Coxim em setembro de 1987.

Mulheres que deixaram seus nomes cravados na história de Coxim também foram sepultadas no cemitério central. Um dos exemplos é Zuleide Pompeu dos Santos, conhecida no município na década de 80 por seus relevantes serviços assistenciais prestados às comunidades carentes. Zuleide foi sepultada no ano de 1982. Em homenagem a ela, que recebia crianças carentes e desamparadas do município, em 11 de abril de 1986 foi fundado o Centro de Educação Infantil Zuleide Pompeu dos Santos, localizado no bairro Senhor Divino.

Em um túmulo discreto entre os mais antigos do cemitério central, que geralmente passa despercebido, está sepultado o tenente coronel Antonio Luiz da Silva Albuquerque, uma das lideranças que mais se destacou entre as oligarquias que se forjaram em Coxim nos primeiros tempos. Conhecido como Totó Albuquerque, além de liderar econômica e politicamente, com um grande número de fazendas, gado, embarcações entre outros bens, ele foi Juíz de Paz até a Freguesia de Coxim ser elevada a município, onde continuou nas fundações, por eleição, até ser morto em 6 de dezembro de 1901.

Para os zeladores, muitas pessoas que visitam o local não fazem ideia que parte da história de Coxim descansa no cemitério central. Onde também foram sepultados muitos empresários que contribuíram fortemente com a economia e o crescimento do município.

Talvez, neste sábado (02), Dia de Finados, você passe a olhar para os túmulos de forma diferente. Caso encontre alguma curiosidade, sugira uma reportagem ao Edição de Notícias, através do edicao@edicaoms.com.br.

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