Luma Daniele Centurion
ImprimirHá pelo menos 120 dias, o lixo do IML (Instituto Médico Legal) de Coxim não é recolhido, conforme levantamento feito pelo Edição de Notícias. O lixo permanece a céu aberto, numa bancada improvisada dentro do terreno do IML, causando mau cheiro.
Mal acondicionado em sacos pretos estão roupas de pessoas que vieram a óbito, a maioria suja de sangue, assim como bisturis, usados nas necrópsias. O lixo que não pode ser descartado no lixão, justamente por ser considerado de alto risco de contaminação, é uma ameaça a saúde pública.
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o lixo do IML é considerado do grupo A, que apresenta risco de infecção pela possível presença dos chamados agentes biológicos - vírus e bactérias. A situação é polêmica, pois adentra na discussão de quem é a responsabilidade pela coleta do lixo.
Neste caso, caberia ao Estado fazer um convênio com a empresa responsável pela coleta de lixo hospitalar, dando a destinação adequada. Em Coxim, uma empresa é responsável para fazer a coleta do Hospital Regional Álvaro Fontoura, além de outras unidades, e também de clínicas particulares e funerárias.
Segundo o secretário de Saúde, Rogério Souto, nenhuma reclamação foi registrada por conta do não recolhimento do lixo. Entretanto, o secretário garantiu que vai buscar informações acerca do que está acontecendo e buscar a solução junto aos responsáveis.