Quinta-Feira, 1 de Maio de 2025
Coxim
09/01/2014 09:00:00
No presídio, cozinha industrial garante trabalho a detentos e melhor qualidade às refeições
O Estabelecimento Penal Masculino de Coxim, último presídio de regime fechado assumido pela Agepen, agora conta uma cozinha industrial.

Notícias MS/LD

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Foto: Keila Oliveira
O Estabelecimento Penal Masculino de Coxim, último presídio de regime fechado assumido pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), agora conta uma cozinha industrial na qual são feitas as refeições servidas na unidade prisional.

O espaço, gerenciado por empresa terceirizada (vencedora de licitação), possui área de cocção (preparo comida); Setor de Higienização; estoque e uma câmara fria. No local atualmente são feitas, em média, 415 refeições por dia, entre café da manhã, almoço e jantar.nbsp;

Segundo a administradora do presídio, Maria de Lurdes Correa Peralta, a novidade garante ainda mais qualidade à alimentação servida tanto para os internos quanto aos servidores.

A estruturação da cozinha dentro presídio de Coxim foi realizada pela empresa responsável pela alimentação. No local, trabalham cinco internos, que recebem – além da remição de um dia na pena para cada três trabalhados – remuneração de ¾ do salário mínimo.

O reeducando goiano E. F., 31 anos, é um dos responsáveis pela preparação da comida. Preso por tráfico de entorpecentes, ele ressalta que o trabalho o tem ajudado a enfrentar esse período atrás das grades. “O trabalho é tudo nesse lugar. É uma oportunidade que se abre, ajuda a melhorar o comportamento, não dá tempo de pensar em coisas erradas”, declara.

O diretor do estabelecimento penal, Edílson Ferreira, destaca que a implantação da nova cozinha contribui também para a higiene no local e ainda exerce uma função social. “Ao utilizarmos os próprios internos no preparo das refeições, é mais um posto de trabalho que se possibilita, o que contribui para a ressocialização”, enfatiza. Outro fator importante, conforme o dirigente, é que a nova cozinha possibilita a realização de cursos de capacitação na área de culinária, que vêm sendo oferecidos pela Pastoral Carcerária.

Para trabalhar na cozinha industrial, além de ser exigido bom comportamento, os custodiados passam por exames médicos, conforme parâmetros exigidos pelos órgãos públicos de saúde e vigilância sanitária.
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