Quase todos os 340 acordos coletivos de trabalho assinados no \n primeiro semestre resultaram reajustes salariais acima do Índice \n Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto \n Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação faz parte do \n estudo Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento \n Intersindical de Estudos de Estatística e Estudos Socioeconômicos \n (Dieese), divulgado hoje (21). O levantamento mostra que emnbsp; 93% das \n negociações houve aumentos reais, sendo a maioria na faixa de 1% a 2%. Essa\n parcela é ligeiramente acima da registrada no ano passado, quando 83,5%\n da negociações levaram a reajustes acima do INPC. A maior parte dos \n reajustes em que os trabalhadores só conseguiram repor a perda \n inflacionária situou-se no segmento dos serviços (7%). No setor \n industrial, 5% das negociações tiveram correção abaixo do índice. Na\n média, os aumentos reais chegaram a 1,5% na indústria; 1,57% no \n comércio e 1,51%, no setor de serviços. Em 45% dos casos analisados, \n houve aumentos entre 1,01% e 2%. Na indústria, os ganhos reais na\n faixa 2,01% e 3% atingiram 19,4% das negociações e, no topo, na faixa \n entre 4,01% e 5%, estão apenas 2,1% dos empregados. No comércio, \n em 46 acordos foram constatados 95,7% de ganhos reais; 2,2% de salários \n mantidos em taxa iguais ao do INPC; 2,2% abaixo da inflação e aumento \n real médio de 1,57%. No setor de serviços foram estudadas 138 \n negociações coletivas de trabalho, em que se verificou que o percentual \n de reajustes acima do INPC, em 93% dos casos, igualou-se a 2012, ano \n considerado como o melhor da série desde 2008. O aumento real médio, no \n entanto ficou abaixo daquele período, em 1,57% ante 2,05%.