Economia
12/07/2013 06:23:32
Bancos renegociam quase R$ 1,5 bi da dívida de curto prazo de Eike
Itaú e Bradesco, os dois maiores bancos privados, renegociaram quase R$ 1,5 bilhão da dívida de curto prazo do grupo de Eike Batista.
Folha/PCS
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\n \n Itaú\n e Bradesco, os dois maiores bancos privados, renegociaram quase R$ 1,5 bilhão\n da dívida de curto prazo do grupo de Eike Batista. \n \n Os\n bancos aguardam que o empresário venda fatias de suas empresas para pagar os\n credores e querem evitar assumir perdas com o grupo, comprometendo lucro e capacidade\n de emprestar. \n \n Itaú\n e Bradesco concordaram em estender o prazo da dívida apesar da queda no preço\n das ações e da dificuldade de obter garantias reais -imóveis, equipamentos,\n contas a receber- que os protejam em caso de calote. \n \n As\n negociações para a troca de garantias foram intensas desde junho, quando\n venciam R$ 804 milhões do estaleiro OSX e da MPX. \n \n As\n garantias reais do grupo podem não ser suficientes para cobrir as dívidas de\n curto prazo, a Folha apurou. Até\n março de 2014, o OGX tem mais R$ 6,4 bilhões vencendo. Ao todo, as dívidas\n somam R$ 23 bilhões. \n \n O\n Itaú BBA aceitou reescalonar o pagamento de R$ 515,5 milhões da OSX, que\n venceram em junho. Segundo a empresa, parte desse montante foi pago e o\n restante teve o prazo estendido. A empresa afirma que não tem nenhuma parcela\n em aberto. \n \n A\n LLX, dona do porto do Açu (RJ), renegociou R$ 589 milhões com o Bradesco, que\n venceram em abril. A empresa afirma que os juros ficaram iguais, mas não revela\n se houve mudança nas garantias. \n \n Considerada\n mais saudável, a MPX rolou R$ 289 milhões com o Itaú BBA, que venceram em\n junho. A MPX está fora do grupo X e é controlada pela E.ON, que pagaram R$ 1,5\n bilhão por 24,5% das ações de Eike. Todas as dívidas da MPX que venciam até\n julho tiveram prazo estendido para dezembro. \n \n Os\n bancos deram mais tempo ao empresário na expectativa de que ele venda o\n restante das ações da MPX e também uma fatia (ou o controle) da mineradora MMX.\n \n \n A\n Glencore e a Trafigura, empresas de commodities, avaliam comprar o porto do\n Sudeste, da MMX. \n \n No\n BNDES, a dívida com vencimento mais próximo é da OSX. O estaleiro terá de pagar\n R$ 491 milhões em agosto. A LLX diz que está em "negociações\n avançadas" com o banco para rolar R$ 510 milhões que vencem em setembro. O\n BNDES não comenta. \n \n O\n banco estatal aprovou R$ 10,4 bilhões em empréstimos ao grupo X, mas nem todo o\n valor foi liberado. \n \n Excluindo\n a parte que não foi desembolsada e os empréstimos para a MPX, que agora\n pertence aos alemães, o saldo é de R$ 2 bilhões, conforme apurou a Folha. \n \n No\n governo federal, a avaliação é que um eventual calote do grupo traria um\n prejuízo inferior a R$ 2 bilhões porque 75% desses empréstimos têm fiança\n bancária. \n \n Hoje,\n não interessa a nenhum banco utilizar essas fianças nem impelir partes do grupo\n a buscarem recuperação judicial. As garantias podem ser requisitadas pela\n Justiça para pagar funcionários antes dos bancos. Itaú e Bradesco não\n comentaram.\n \n \n
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