Os Brics - fórum integrado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul\n - deram sinal verde à criação de um banco de desenvolvimento e de um fundo de\n reservas conjuntos durante a VI Cúpula que realizam nesta terça-feira (15) em\n Fortaleza.\n \n Os ministros de Fazenda das cinco nações emergentes assinaram o tratado\n constitutivo do Acordo de Reservas de Contingência (CRA, na sigla em inglês) e\n do Novo Banco de Desenvolvimento, que terá sede na cidade de Xangai, na China,\n conforme anúncio feito pela presidente Dilma Rousseff.\n \n O primeiro conselho de governadores ficará a cargo da Rússia, o primeiro\n conselho de diretores será brasileiro, e o presidente, indiano. Já o escritório\n terá sede na África do Sul.\n \n O banco terá capital inicial de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em\n recursos e US$ 40 bilhões em garantias, e cada membro contribuirá com um quinto\n deste valor. A entidade será destinada ao financiamento de projetos de\n infraestrutura dos países fundadores, mas também poderá oferecer capital a\n outros países em desenvolvimento como mecanismo financeiro alternativo.\n \n Já o fundo (CRA) terá capital inicial de US$ 100 bilhões e poderá ser\n utilizado pelos Brics diante de "contingências financeiras". Para\n este valor, a China contribuirá com US$ 41 bilhões, Rússia, Brasil e Índia com\n US$ 18 bilhões cada, e a África do Sul com US$ 5 bilhões.\n \n A criação dos dois órgãos financeiros representa um desafio ao controle do\n Ocidente sobre as finanças globais, moldado na reunião de Bretton Woods em 1944\n na qual nasceram o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM).\n \n \n