\n \n Apesar\n da alta esperada para o PIB na casa dos 3%, maior do que o "pibinho"\n do ano passado, o setor aéreo deverá desacelerar em 2013. \n \n O\n crescimento deverá ficará limitado pelo corte na oferta de assentos por parte\n de TAM e Gol e pelo provável aumento no preço das tarifas, que deverá ser\n implementado pelas companhias este ano. Estudo da consultoria Lunica obtido com\n exclusividade pela Folha mostra que o setor deve crescer de 5,5% ou 6,5%. \n \n Além\n da conjuntura econômica, o estudo leva em conta valor de preço de passagens,\n nível de competição ou concentração do mercado, taxa de câmbio, entre outros\n fatores. \n \n Se\n o setor crescer 6% ou menos, será o pior desempenho desde 2004. Nos últimos\n cinco anos, estimulado pela entrada da nova classe média, o número de\n passageiros transportados cresceu 13,2% ao ano, em média. No ano passado, o\n setor cresceu 6,9%, alcançando 89 milhões de passageiros transportados. \n \n "Ano\n passado foi um ano de ajuste de oferta e aumento da taxa de ocupação dos\n aviões. Agora que os aviões estão cheios, as empresas vão tentar recompor as\n margens (aumentando preço)," diz Lucas Arruda, sócio-diretor da Lunica. \n \n O\n setor aéreo é bastante sensível a preço e, para cada 1% de aumento de yield\n (indicador de tarifa usado pelas empresas), a demanda costuma retrair 1,3%. \n \n Arruda\n prevê que o primeiro trimestre de 2013 será de baixo crescimento, com mais\n redução de oferta por parte de TAM e Gol, com pequena melhora no segundo\n semestre. "Azul/Trip e Avianca devem continuar ganhando mercado, com\n aumento de oferta a partir da substituição de aviões menores por maiores",\n diz Arruda. \n \n OTIMISMO\n \n \n Na\n última quinta-feira, a Abear, associação das empresas aéreas, divulgou uma\n projeção mais otimista para 2013: alta de 9%. "Condicionei essa projeção a\n um cenário de PIB ao redor de 3,5%. É uma aposta. O aumento do salário mínimo\n foi considerável, os ajustes já foram feitos e a máquina agora vai rodar",\n diz Eduardo Sanovicz, presidente da Abear. \n \n Executivos\n das próprias companhias aéreas e analistas ouvidos pela Folha consideram,\n contudo, o número da Abear bastante otimista. \n \n \n \n \n