Economia
30/05/2014 09:00:00
Consumo das famílias foi fraco por causa da inflação, diz Mantega
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (30) que o consumo das famílias que teve queda de 0,1% no primeiro trimestre deste ano foi prejudicado pela inflação e pela escassez de crédito.
G1/AB
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\n \t O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira (30) que o consumo das famílias que teve queda de 0,1% no primeiro trimestre deste ano foi prejudicado pela inflação e pela escassez de crédito.\n \n \t Acredito que consumo das famílias teve desempenho fraco \n fundamentalmente por causa da inflação, disse o ministro ao comentar o \n desempenho, nos três primeiros meses do ano, do Produto Interno Bruto (PIB),\n que é a soma das riquezas produzidas no país. Ele afirmou, no entanto, \n que a alta de preços no segundo trimestre será bem menor, "o que \n significa que isso devolverá o poder aquisitivo as famílias".\n \n \t Ele apontou também o "crédito caro e escasso pelo desempenho do \n consumo, cuja queda foi a primeira desde o terceiro trimestre de 2011.\n \t Segundo o ministro, os estoques mais altos e a queda do consumo das \n famílias foram os principais fatores que afetaram o nível dos \n investimentos no primeiro trimestre.\n \n \t O ministro voltou a afirmar que a demanda estaria num ritmo maior se houvesse mais crédito a um custo mais baixo.\n \n \t Ele avaliou que inflação em queda e o ritmo de crescimento da massa salarial garantirá a retomada do consumo das famílias.\n \n \t Existe um crescimento natural do consumo. Ele pode ter sido inibido \n num trimestre, mas ao longo do ano é muito difícil o consumo subir \n abaixo da massa salarial, a menos que o consumidor resolva fazer \n poupança, afirmou.\n \t Segundo Mantega, já há estímulo suficiente para investimentos no país e\n não estão previstas novas medidas nessa direção. O que estamos \n precisando é de uma recuperação do consumo, o que também irá estimular a\n continuidade dos investimentos.\n \n \t Copa e PIB
\n \t Mantega reconheceu que a Copa pode afetar o desempenho de alguns \n setores da economia, principalmente a indústria, mas avaliou que os \n serviços, que representam cerca de 60% do PIB, serão beneficiados, o que\n contribuirá para um desempenho melhor da economia no segundo trimestre.\n \n \t Acredito que a Copa poderá prejudicar a indústria, porque teremos \n menos dias de trabalho, mas ela vai beneficiar o comércio e os serviços,\n porque ela movimenta mais a economia, vai ter turistas e mais consumo \n de alimentos e bebidas, disse.\n \n \t Segundo o ministro, o segundo trimestre começou melhor que o primeiro, e a tendência é de um resultado melhor que o avanço de 0,2% nos primeiros três meses do ano.\n \n \t Talvez a indústria tenha alguma dificuldade, algum prejuízo. Já a \n agricultura é indiferente, porque não tem o efeito Copa e deverá estar \n melhor no segundo trimestre, que sempre é o período das colheitas, \n afirmou.\n \n \t Questionado sobre seu palpite para a estreia do Brasil na Copa, Mantega\n disse que a seleção brasileira vai ganhar o primeiro jogo, mas não quis\n arriscar o placar. Se não vão dizer que o ministro errou na previsão,\n brincou. Ele acrescentou, porém, que o Brasil tem perfeitamente \n condições de ganhar a Copa.\n \t Resultado do 1º trimestre
\n \t A economia brasileira registrou avanço de 0,2% no primeiro trimestre\n de 2014 em relação aos três meses anteriores, com destaque para o \n desempenho da agropecuária. Em valores correntes (em reais), a soma das \n riquezas produzidas no período chegou a R$ 1,204 trilhão.\n \n \t Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço do PIB foi \n de 1,9%. No acumulado em quatro trimestres encerrados no primeiro \n trimestre de 2014, a atividade doméstica cresceu 2,5%.\n \n \t Questionado sobre sua avaliação sobre esses resultados, Mantega disse \n que o crescimento foi moderado. Estávamos [prevendo] entre 0,2% e \n 0,3%, de fato, afirmou.\n \t Conjuntura
\n \t Segundo o ministro, o resultado do primeiro trimestre também foi \n afetado pela conjuntura internacional e pelas variações no câmbio, que \n causou incertezas nos mercados no começo do ano.\n \n \t O cenário internacional não foi favorável neste primeiro trimestre, afirmou.\n \n \t A recuperação da economia internacional está demorando mais que o \n esperado. A Economia dos EUA teve crescimento negativo de 1% anualizado \n [em ritmo anual]. Teve queda de investimentos nos EUA, portanto isso nos\n prejudica", completou.\n \n \t Ele destacou ainda que os Estados Unidos importaram menos nos primeiros\n meses do ano e que a Europa teve crescimento pequeno, "abaixo das \n projeções.\n \n \t Para o ministro, entretanto, do ponto de vista financeiro e cambial, o \n cenário será melhor no segundo trimestre, o que garantirá um crescimento\n maior da economia brasileira.\n \n \t Mantega evita fazer projeção para o ano
\n \t Segundo Mantega, a expectativa é de um avanço melhor nos próximos \n trimestre. O ministro não quis no entanto fazer uma previsão para o PIB \n fechado de 2014 e também não respondeu se o governo continua trabalhando\n com a expectativa de alta de mais de 2% no ano.\n \n \t É muito cedo para ter uma projeção anual, disse. É prematuro \n fazermos revisão das projeções, completou. A última previsão anunciada \n pela Fazenda foi crescimento entre 2,3% e 2,5% para o ano.\n \n \t Revisão do PIB de 2013
Em 2013, a economia cresceu 2,5%, conforme revisão feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.\n \n \t Segundo o ministro, a revisão para cima foi influenciada principalmente\n pela indústria, cujo crescimento passou de 1,3% para 2,7%, e em \n particular pela indústria da transformação, cujo avanço no ano passado \n foi revisado de 1,9% para 2,7%.\n \n \t "Ficamos com o PIB melhor para 2013, entre o quinto ou sexto maior PIB \n para o G20 [grupo das maiores economias do mundo], um bom resultado.\n \n \t O ministro destacou ainda que, mesmo com a taxa de investimento \n revisada para baixo de alta de 6,3% para 5,2% , a taxa de crescimento\n foi superior "que a maioria dos países".
\n \t Mantega reconheceu que a Copa pode afetar o desempenho de alguns \n setores da economia, principalmente a indústria, mas avaliou que os \n serviços, que representam cerca de 60% do PIB, serão beneficiados, o que\n contribuirá para um desempenho melhor da economia no segundo trimestre.\n \n \t Acredito que a Copa poderá prejudicar a indústria, porque teremos \n menos dias de trabalho, mas ela vai beneficiar o comércio e os serviços,\n porque ela movimenta mais a economia, vai ter turistas e mais consumo \n de alimentos e bebidas, disse.\n \n \t Segundo o ministro, o segundo trimestre começou melhor que o primeiro, e a tendência é de um resultado melhor que o avanço de 0,2% nos primeiros três meses do ano.\n \n \t Talvez a indústria tenha alguma dificuldade, algum prejuízo. Já a \n agricultura é indiferente, porque não tem o efeito Copa e deverá estar \n melhor no segundo trimestre, que sempre é o período das colheitas, \n afirmou.\n \n \t Questionado sobre seu palpite para a estreia do Brasil na Copa, Mantega\n disse que a seleção brasileira vai ganhar o primeiro jogo, mas não quis\n arriscar o placar. Se não vão dizer que o ministro errou na previsão,\n brincou. Ele acrescentou, porém, que o Brasil tem perfeitamente \n condições de ganhar a Copa.\n \t Resultado do 1º trimestre
\n \t A economia brasileira registrou avanço de 0,2% no primeiro trimestre\n de 2014 em relação aos três meses anteriores, com destaque para o \n desempenho da agropecuária. Em valores correntes (em reais), a soma das \n riquezas produzidas no período chegou a R$ 1,204 trilhão.\n \n \t Na comparação com o mesmo período do ano passado, o avanço do PIB foi \n de 1,9%. No acumulado em quatro trimestres encerrados no primeiro \n trimestre de 2014, a atividade doméstica cresceu 2,5%.\n \n \t Questionado sobre sua avaliação sobre esses resultados, Mantega disse \n que o crescimento foi moderado. Estávamos [prevendo] entre 0,2% e \n 0,3%, de fato, afirmou.\n \t Conjuntura
\n \t Segundo o ministro, o resultado do primeiro trimestre também foi \n afetado pela conjuntura internacional e pelas variações no câmbio, que \n causou incertezas nos mercados no começo do ano.\n \n \t O cenário internacional não foi favorável neste primeiro trimestre, afirmou.\n \n \t A recuperação da economia internacional está demorando mais que o \n esperado. A Economia dos EUA teve crescimento negativo de 1% anualizado \n [em ritmo anual]. Teve queda de investimentos nos EUA, portanto isso nos\n prejudica", completou.\n \n \t Ele destacou ainda que os Estados Unidos importaram menos nos primeiros\n meses do ano e que a Europa teve crescimento pequeno, "abaixo das \n projeções.\n \n \t Para o ministro, entretanto, do ponto de vista financeiro e cambial, o \n cenário será melhor no segundo trimestre, o que garantirá um crescimento\n maior da economia brasileira.\n \n \t Mantega evita fazer projeção para o ano
\n \t Segundo Mantega, a expectativa é de um avanço melhor nos próximos \n trimestre. O ministro não quis no entanto fazer uma previsão para o PIB \n fechado de 2014 e também não respondeu se o governo continua trabalhando\n com a expectativa de alta de mais de 2% no ano.\n \n \t É muito cedo para ter uma projeção anual, disse. É prematuro \n fazermos revisão das projeções, completou. A última previsão anunciada \n pela Fazenda foi crescimento entre 2,3% e 2,5% para o ano.\n \n \t Revisão do PIB de 2013
Em 2013, a economia cresceu 2,5%, conforme revisão feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.\n \n \t Segundo o ministro, a revisão para cima foi influenciada principalmente\n pela indústria, cujo crescimento passou de 1,3% para 2,7%, e em \n particular pela indústria da transformação, cujo avanço no ano passado \n foi revisado de 1,9% para 2,7%.\n \n \t "Ficamos com o PIB melhor para 2013, entre o quinto ou sexto maior PIB \n para o G20 [grupo das maiores economias do mundo], um bom resultado.\n \n \t O ministro destacou ainda que, mesmo com a taxa de investimento \n revisada para baixo de alta de 6,3% para 5,2% , a taxa de crescimento\n foi superior "que a maioria dos países".
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