A\n dívida pública federal, que inclui os endividamentos interno e externo do\n governo, teve aumento de 1,69% em outubro, para R$ 2,02 trilhões, segundo\n informações divulgadas nesta segunda-feira (25) pela Secretaria do Tesouro\n Nacional.\n \n Com\n a alta registrada em outubro, a dívida retornou ao patamar de R$ 2 trilhões,\n atingida somente uma única vez, em dezembro de 2012, e bateu novo recorde\n histórico para todos os meses. A série divulgada pela Secretaria do Tesouro\n Nacional, em sua página na internet, tem início em janeiro de 2004.\n \n No\n mês passado, a dívida pública subiu por conta da emissão líquida de títulos\n públicos (acima do valor dos vencimentos) em R$ 15,2 bilhões, além das despesas\n com juros – que somaram R$ 17,5 bilhões em outubro.\n \n Somente\n a dívida interna teve crescimento de 1,91% no mês passado, para R$ 1,93\n trilhão. A dívida externa, por sua vez, teve redução de 2,73% em outubro,\n passando para R$ 88,5 bilhões – contra R$ 91,3 bilhões no mês anterior.\n \n Programação para 2013
\n O atingimento da marca de R$ 2 trilhões para a dívida pública neste ano já era\n esperada pela Secretaria do Tesouro Nacional. Segundo plano da instituição, a\n dívida pública pode chegar a R$ 2,24 trilhões no fim deste ano – R$ 232 bilhões\n mais em relação a 2012. Os dados constam no Plano Anual de Financiamento (PAF).\n \n O\n documento prevê um patamar entre R$ 2,1 trilhões, o que representaria um\n crescimento de R$ 92 bilhões, e R$ 2,24 trilhões, para a dívida pública\n brasileira no fim deste ano. Deste modo, a estimativa de expansão da dívida\n pública, em 2013, varia de 4,58% a 11,55%.\n \n Aumento nos últimos anos
\n Segundo os dados do Tesouro, nos últimos oito anos a dívida pública dobrou: em\n 2004, o estoque de dívida estava em R$ 1,01 trilhão, subindo para R$ 2 trilhões\n em outubro – um crescimento de cerca de 100%.\n \n Da\n expansão da dívida pública de cerca de R$ 1 trilhão nos últimos oito anos, mais\n de R$ 300 bihões referem-se a emissões de títulos públicos para capitalizar o\n BNDES, ou mais de 30% da alta total.\n \n Em\n 2009, o Tesouro emitiu R$ 100 bilhões para o banco público, valor que passou\n para R$ 80 bilhões em 2010, para R$ 45 bilhões em 2011 e para R$ 55 bilhões no\n ano passado. Neste ano, o governo vai injetar entre R$ 20 bilhões e US$ 25\n bilhões no banco público.\n \n Perfil da dívida
\n Os números do governo federal, calculados após a contabilização dos contratos\n de "swap cambial", mostram que o estoque de títulos prefixados\n (papéis que têm a correção determinada no momento do leilão) somou R$ 810\n bilhões em outubro, ou 41,9% do total, contra R$ 789 bilhões, ou 41,5% do\n total, em setembro deste ano.\n \n Os\n títulos atrelados aos juros básicos da economia (os pós-fixados), por sua vez,\n tiveram sua participação reduzida em outubro. No fim do mês passado, estes\n títulos públicos representavam 13,59% do estoque total da dívida interna, ou R$\n 262 bilhões, contra 14,84% do total (R$ 281 bilhões) em setembro de 2013.\n \n A\n parcela da dívida atrelada aos índices de preços (inflação) somou 36,6% em\n outubro deste ano, ou R$ 708 bilhões, contra 36,7% do total em setembro deste\n ano – o equivalente a R$ 698 bilhões.\n \n Os\n ativos indexados à variação da taxa de câmbio, por sua vez, somaram 7,85% do\n total em outubro (R$ 151 bilhões), contra R$ 123 bilhões, ou 6,77% do total, em\n setembro deste ano. O aumento da dívida atrelada ao dólar se deve à emissão de\n contratos de swap cambial – que equivalem a uma venda de dólares no mercado\n futuro.