Economia
11/11/2012 08:52:53
Empresas "enquadradas" por Dilma perderam R$ 61 bilhões na Bolsa este ano
As intervenções feitas pelo governo federal em alguns setores da economia, em nome do aumento da competitividade, já custaram R$ 61,6 bilhões para as empresas.
Estadão/PCS
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\n \n As\n intervenções feitas pelo governo federal em alguns setores da economia, em nome\n do aumento da competitividade, já custaram R$ 61,6 bilhões para as empresas. A\n cifra corresponde ao valor de mercado perdido pelos setores elétrico, bancário\n e de telecomunicações na Bolsa. \n \n Para\n especialistas, as incertezas geradas pelas mudanças de regras afugentam\n investimentos e prejudicam o ambiente de negócios no País. Para o governo, no\n entanto, essas medidas podem dar uma nova cara à economia brasileira.\n \n Desde\n o início do ano, as ações das empresas do setor elétrico caíram, em média, 24%.\n A queda foi de 21,4% nas telecomunicações e de 9,8% nos bancos, revela estudo\n feito por Sérgio Lazzarini, professor do Insper, e pela assistente de pesquisa\n Camila Bravo Caldeira. No mesmo período, o índice Ibovespa teve uma queda de\n apenas 0,8%.\n \n "As\n relações entre Estado e empresas mudaram no governo Dilma", diz Lazzarini,\n autor do livro Capitalismo de Laços. "Em vez de movimentações de\n bastidores por meio do BNDES e dos fundos de pensão, como ocorria nos governos\n Lula e FHC, as intervenções são explícitas e ocorrem por meio de mudanças nas\n leis ou da utilização das estatais para forçar a concorrência."\n \n Para\n o governo, as medidas eram necessárias. "O governo compreendeu que chegara\n o momento de fazer com que a eletricidade deixasse de ser um entrave para a\n competitividade das empresas brasileiras", escreveu o ministro interino de\n Minas e Energia, Márcio Zimmerman (ler artigo na página B3).\n \n Para\n o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, "a\n finalidade é justa, mas a maneira como foi conduzida gera insegurança". No\n início do mês, o governo detalhou seu plano para renovar as concessões para as\n geradoras, sob a condição de que aceitem patamares de preço inferiores. Se\n aceitarem as condições, a receita de 81 usinas pode despencar até 70%. A maior\n prejudicada foi a própria Eletrobrás. "Recebi ligações de investidores\n externos que queriam saber se o Brasil tinha virado uma Argentina", diz\n Gabriel Laera, analista do Banco Espírito Santo. \n \n No\n setor de telecomunicações, a Agência Nacional de Telecomunicação decidiu que as\n grandes operadoras (TIM, Vivo, Claro e Oi) terão de compartilhar, a um custo\n duas vezes e meia menor, redes e infraestrutura com empresas menores, como Nextel,\n Sercomtel e CTBC.\n \n "Com\n o plano, as donas da rede terão de renunciar a uma receita que têm hoje.\n Conclusão: as margens terão de encolher", diz uma fonte. Mas, para o\n especialista Guilherme Ieno, a Anatel está forçando a abertura das redes de\n acesso e favorecendo a entrada de novos competidores. "As operadoras\n estavam muito acomodadas."\n \n \n
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