Sábado, 3 de Maio de 2025
Economia
19/12/2017 11:00:00
Pela primeira vez desde 2008, preço da cesta de Natal cai em Campo Grande, aponta Nepes

G1/LD

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O preço da cesta de produtos de Natal caiu 0,27% em Campo Grande em 2017 na comparação com 2016. Segundo o Núcleo de Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da Uniderp, essa foi a primeira vez que houve deflação no valor dos itens mais consumidos nesta época desde que a entidade iniciou esse levantamento, em 2008. Em 2016, por exemplo, a alta em relação a 2015, foi de 11,40% e deste ano frente a 2014 foi ainda maior, 18,16%.

“Esse comportamento já era esperado, pois a inflação do ano de 2017 tem sido muito pequena, fechando o mês de novembro com uma inflação acumulada de 2,17%”, explica o coordenador do Nepes, Celso Correia.

Correia ainda esclarece que a inflação do grupo “Alimentação” apresentou queda no último mês em Campo Grande, por isso foi a grande responsável por esse resultado da cesta natalina. “O país colheu uma supersafra de grãos neste ano de 2017, o que estabilizou os preços dos alimentos de um modo geral e, existe uma alta taxa de desemprego no Brasil, fazendo com que caísse a demanda até por alimentos. Como a Cesta Natalina tem na alimentação os seus itens mais consumidos, era natural que os preços acompanhassem a tendência de queda”, contextualiza.

Na avaliação por segmento, foram registrados aumentos apenas em três grupos na comparação dos dois anos. Os peixes tiveram o maior índice de reajuste: 10,72%, motivado, principalmente, pelo salto de 44,06% no preço da merluza. Em seguida está a leitoa, com 9,72%; e, por último, as bebidas alcoólicas, com 0,60%. Nesse grupo foram avaliados valores do vinho, cerveja, uisque, champagne e cidra.

As aves, conforme o levantamento, foram as que mais caíram de preço: 8,06%, em média. O chester, que custava R$ 13,90 foi para R$ 15,98, um aumento de 11,37%. O frango resfriado, vendido a R$ 8,78 no ano passado, subiu para R$ 8,99, uma elevação de 2,30%. Mas o índice negativo do grupo foi resultado de acentuadas quedas nos preços do prato que é símbolo do Natal. As duas principais marcas de peru no mercado apresentaram quedas de 29,11% e 16,88%.

O grupo de hortifrútis também caiu de preço, 7,07%. Entretanto, elevações foram registradas nos valores da manga (26,49%), banana (26,40%), limão Thaiti (25,16%), nectarina (20,73%), alface crespa (18,40%), cenoura (14,5%), uva (0,20%) e ameixa (0,13%).

Já as quedas ocorreram com: laranja (30,48%), batata (25,84%), tomate (25,79%), maçã (25,09%), abacaxi (18,88%), melancia (6,63%), pêssego (5,01%), uva passa s/semente (4,07) e cebola (0,96%).

O levantamento do Nepes revela ainda que os itens usados no preparo de acompanhamentos da ceia registraram a terceira maior deflação, 3,43%. Os destaques de queda são arroz (23,73%), açúcar cristal (35,15%), leite condensado (16,78%), farinha de trigo (15,71%) e azeitona (5,05%), entre outros.

O típico churrasco de fim de ano também está 1,24% mais em conta, de acordo com a pesquisa. A picanha registrou a maior queda, saiu de R$ 36,46 em 2016 para R$ 29,95 este ano, retração de 17,86% no preço. O contrafilé caiu 6,53% e a alcatra está 5,79% mais barata. Por outro lado, a capa de contrafilé subiu 14,71%, saltando de R$ 13,90 em 2016 para R$ 15,98 este ano; a linguiça de frango aumentou 7,98% e a tipo toscana subiu apenas 0,07%.

Um dos alimentos mais tradicionais da época, o panetone, teve redução de preços de 1,65%, em média. As quedas registradas no preço dos produtos variam entre 9,80% e 5,69%.

Os frios e laticínios seguiram a mesma tendência dos demais grupos e registraram o índice de retração de 1,13%, motivado por reduções de preços da mussarela (16,43%), queijo prato fatiado (10,27%) e leite integral (5,69%). O presunto subiu 17,38% e o queijo minas 9,35%. No segmento de não alcoólicas, os refrigerantes também apontaram deflação de 1,15%.

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