A\n Petrobras está estimando, para este ano, um real bem mais forte do que\n especialistas e o próprio Banco Central na hora de prever seus gastos e\n investimentos, o que tem preocupado analistas em bancos e corretoras. \n \n Na semana\n passada, ao anunciar seu plano de investimento até 2018, a estatal disse que\n trabalha com um dólar a R$ 2,23 neste ano. \n \n Cenário\n bastante distinto do que preveem analistas consultados pelo Banco Central, que\n calculam uma cotação média de R$ 2,45. Já o Comitê de Política Monetária do BC\n trabalha com um valor médio de R$ 2,40. \n \n Atualmente\n a moeda americana está cotada a R$ 2,32. \n \n A\n previsão é que ela ganhe força durante o ano, à medida que o Fed (BC dos EUA)\n continue a retirada de estímulos iniciada no fim de 2013 e que tem feito o\n dólar ganhar força ante divisas emergentes. Esse movimento fez o real perder\n 13,3% do seu valor ante o dólar em 2013. \n \n "Ninguém\n no mercado consegue entender de onde saiu isso", diz Flávio Conde,\n analista da Corretora Gradual. \n \n "Não\n posso acreditar na seriedade disso, porque todas as previsões, de dívida, de\n investimento, de importação, ficam maquiadas", afirma o economista Mauro\n Rochlin, do Ibmec/Rio. \n \n Em\n relatório global, o banco suíço UBS considerou a taxa "uma surpresa".\n \n \n Procurada,\n a Petrobras não quis comentar o tema.