Economia
04/02/2014 07:00:26
Venda de veículos bate recorde em janeiro, mas indústria prevê ano difícil
Desempenho foi impulsionado por promoções de estoques ainda sem a alta do IPI, em vigor desde o mês passado
Estadão/PCS
Imprimir
Com promoções e uma certa corrida às lojas para aproveitar os \n estoques de carros sem a alta do Imposto sobre Produtos Industrializados\n (IPI), em vigor desde o início do ano, a indústria automobilística \n registrou no mês passado o melhor janeiro de sua história.
Foram \n vendidos 300,1 mil automóveis e comerciais leves, 1% a mais que no mesmo\n mês de 2013, até então recorde para o setor. Em relação a dezembro, \n contudo, houve queda de 10,7%.Somando caminhões e ônibus, as vendas \n totalizaram 312,6 mil unidades, apenas 0,4% acima do resultado de um ano\n atrás, e 11,6% abaixo no comparativo com dezembro, tradicionalmente \n forte para o setor.O fato de começar o ano com discreta alta nos \n negócios, contudo, não deve ser tendência daqui para a frente. Este ano\n vai ser muito difícil, prevê o diretor da Ford, Rogelio Golfarb.Além\n dos problemas macroeconômicos, como crescimento baixo do Produto \n Interno Bruto (PIB) e crédito caro, o ano terá jogos da Copa e eleições,\n dois fatores que podem influenciar nos negócios, afirma o executivo.Indústria\n e revendedores reconhecem que o desempenho de janeiro é decorrente da \n oferta de estoques com IPI menor. No fim de dezembro, só as revendas \n tinham em seus pátios 289,4 mil veículos que foram faturados no fim do \n ano com o desconto do IPI, que estava em vigor desde maio de 2012. \n Segundo as montadoras, atualmente há poucos carros com IPI antigo nas \n lojas.Tradicionalmente, o primeiro mês do ano costuma ser um \n período mais fraco para vendas de automóveis. Porém, os estoques \n contavam com veículos ainda com desconto no IPI, e esse foi o fator \n relevante para o crescimento, diz Flavio Meneghetti, presidente da \n Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).O\n ano de 2013 encerrou com queda de 0,9% nas vendas em relação ao \n anterior, o primeiro resultado negativo em dez anos. Para 2014, a \n Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) \n projeta aumento de apenas 1,1%, para 3,8 milhões de unidades.Segundo\n Golfarb, apesar do resultado positivo de janeiro, será necessário \n esperar até o fim do primeiro trimestre para uma avaliação mais \n detalhada do impacto que pode ter a volta gradual do IPI.Em \n janeiro, a alíquota para modelos com motor 1.0 subiu de 2% para 3% e, em\n julho, volta a taxa integral de 7%. Para modelos até 2.0 flex o imposto\n passou de 7% para 9% e vai a 11% em julho e de 8% para 10%, indo a 13% \n nas versões a gasolina.Em janeiro também houve reajustes de \n preços (de cerca de R$ 1,5 mil) em razão da inclusão de airbag e freios \n ABS em modelos de entrada (mais baratos) que ainda não tinham os itens \n de segurança que passaram ser obrigatórios.Produção. Além do \n comportamento das vendas internas, há preocupação com a produção, que \n encerrou o ano passado com volume recorde de 3,74 milhões de unidades, \n após alta de quase 10% ante 2012.Segundo Golfarb, as exportações \n para a Argentina devem cair este ano em razão das restrições que o país \n impôs à compra de veículos brasileiros.O impacto da substituição \n de carros importados por nacionais, que também ajudou a impulsionar a \n produção, tende a ser menor este ano. A Anfavea projeta praticamente um \n empate com o resultado de 2013.Liderança. A Fiat manteve a \n liderança em janeiro, com 21% de participação nas vendas de automóveis e\n comerciais leves, seguida por Volkswagen (18,4%) e General Motors \n (18%). O modelo mais vendido segue sendo o Gol (21,6 mil unidades). Na \n sequência estão Fiat Uno (13,6 mil) e Ford Fiesta (13,1 mil).
Foram \n vendidos 300,1 mil automóveis e comerciais leves, 1% a mais que no mesmo\n mês de 2013, até então recorde para o setor. Em relação a dezembro, \n contudo, houve queda de 10,7%.Somando caminhões e ônibus, as vendas \n totalizaram 312,6 mil unidades, apenas 0,4% acima do resultado de um ano\n atrás, e 11,6% abaixo no comparativo com dezembro, tradicionalmente \n forte para o setor.O fato de começar o ano com discreta alta nos \n negócios, contudo, não deve ser tendência daqui para a frente. Este ano\n vai ser muito difícil, prevê o diretor da Ford, Rogelio Golfarb.Além\n dos problemas macroeconômicos, como crescimento baixo do Produto \n Interno Bruto (PIB) e crédito caro, o ano terá jogos da Copa e eleições,\n dois fatores que podem influenciar nos negócios, afirma o executivo.Indústria\n e revendedores reconhecem que o desempenho de janeiro é decorrente da \n oferta de estoques com IPI menor. No fim de dezembro, só as revendas \n tinham em seus pátios 289,4 mil veículos que foram faturados no fim do \n ano com o desconto do IPI, que estava em vigor desde maio de 2012. \n Segundo as montadoras, atualmente há poucos carros com IPI antigo nas \n lojas.Tradicionalmente, o primeiro mês do ano costuma ser um \n período mais fraco para vendas de automóveis. Porém, os estoques \n contavam com veículos ainda com desconto no IPI, e esse foi o fator \n relevante para o crescimento, diz Flavio Meneghetti, presidente da \n Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).O\n ano de 2013 encerrou com queda de 0,9% nas vendas em relação ao \n anterior, o primeiro resultado negativo em dez anos. Para 2014, a \n Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) \n projeta aumento de apenas 1,1%, para 3,8 milhões de unidades.Segundo\n Golfarb, apesar do resultado positivo de janeiro, será necessário \n esperar até o fim do primeiro trimestre para uma avaliação mais \n detalhada do impacto que pode ter a volta gradual do IPI.Em \n janeiro, a alíquota para modelos com motor 1.0 subiu de 2% para 3% e, em\n julho, volta a taxa integral de 7%. Para modelos até 2.0 flex o imposto\n passou de 7% para 9% e vai a 11% em julho e de 8% para 10%, indo a 13% \n nas versões a gasolina.Em janeiro também houve reajustes de \n preços (de cerca de R$ 1,5 mil) em razão da inclusão de airbag e freios \n ABS em modelos de entrada (mais baratos) que ainda não tinham os itens \n de segurança que passaram ser obrigatórios.Produção. Além do \n comportamento das vendas internas, há preocupação com a produção, que \n encerrou o ano passado com volume recorde de 3,74 milhões de unidades, \n após alta de quase 10% ante 2012.Segundo Golfarb, as exportações \n para a Argentina devem cair este ano em razão das restrições que o país \n impôs à compra de veículos brasileiros.O impacto da substituição \n de carros importados por nacionais, que também ajudou a impulsionar a \n produção, tende a ser menor este ano. A Anfavea projeta praticamente um \n empate com o resultado de 2013.Liderança. A Fiat manteve a \n liderança em janeiro, com 21% de participação nas vendas de automóveis e\n comerciais leves, seguida por Volkswagen (18,4%) e General Motors \n (18%). O modelo mais vendido segue sendo o Gol (21,6 mil unidades). Na \n sequência estão Fiat Uno (13,6 mil) e Ford Fiesta (13,1 mil).
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias