Educação
22/01/2013 11:12:12
Jovem de 14 anos passa em 5º na UFMS e Justiça autoriza matrícula
Aos 14 anos, a estudante Nathaly Gomes Tenório conquistou, na Justiça, o direito de cursar artes visuais na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
G1/HJ
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\n \n Aos\n 14 anos, a estudante Nathaly Gomes Tenório conquistou, na Justiça, o direito de\n cursar artes visuais na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Com\n a documentação exigida em mãos, a adolescente foi ao campus da instituição em Campo Grande, nessa\n segunda-feira (21), para fazer a matrícula acompanhada pela mãe, a advogada Edelária\n Gomes, 33 anos.
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\n A decisão que deu aval para Nathaly se tornar universitária é do desembargador\n Sérgio Fernandes Martins, da 1ª Seção Cível do Tribunal de Justiça de Mato\n Grosso do Sul (TJMS). O magistrado concedeu mandado de segurança da garota, que\n foi aprovada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e determinou a expedição\n do certificado de conclusão do ensino médio.\n \n Nathaly,\n que se preparava para fazer o 2º ano do ensino médio em 2013, contou ao G1 que fez o Enem para treinar e\n inscreveu-se no Sisu depois de ver que a sua média de 647 estava acima da\n nota de corte para artes visuais.\n \n Pelo\n telefone da Central do Ministério da Educação, ela ficou sabendo que passou em\n 5º lugar no curso, que oferecia 26 vagas.
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\n Na hora que eu fiquei sabendo, passou muita coisa pela minha cabeça e comecei\n a chorar. Eu estava com esperança, mas ao mesmo tempo estava conformada que não\n ia passar, afirmou.\n \n Edelária\n foi uma das primeiras pessoas a saber do feito da filha. Ela me acordou 1h da\n manhã para falar que tinha saído a lista e que ela tinha se classificado.\n \n Apesar\n de ter concedido o mandado de segurança, o desembargador se mostrou preocupado\n com o futuro da adolescente no ambiente acadêmico.\n \n Registro\n minha preocupação [ ] se realmente é saudável que uma adolescente de apenas 14\n anos de idade [ ] ingresse imediatamente em uma universidade, passando a\n conviver em um ambiente pensado, projetado e frequentado unicamente por\n adultos, em sua maioria jovens que iniciam a fase de descobertas, relatou\n Martins.\n \n Ela\n já tem esse conhecimento, tamanha é a maturidade. A escola estadual não difere\n do ambiente acadêmico e ela já sabe se livrar desses caminhos. Além disso, foi\n mãe na adolescência sem ficar grávida, pois tinha 12 anos quando a irmãzinha\n dela nasceu e cuidou dela o tempo todo enquanto eu trabalhava, defendeu a mãe.
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\n E agora?
\n Com a matrícula feita, Nathaly está ansiosa para começar as aulas. São coisas\n que eu gosto de mexer, como fotografia, sobreposição de objetos e programas de\n computação, principalmente. Agora tenho que aprender a desenhar, disse, na\n torcida por uma boa adaptação. Acho que vou ter aceitação, pois sempre me\n enturmo com pessoas mais velhas.
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\n Com previsão de terminar o curso aos 18 anos, a adolescente quer cursar\n jornalismo e depois direito, além de querer trabalhar em escola pública.\n Percebi muita deficiência no ensino no período que estudei em escola estadual.\n Quero trabalhar para incentivar alunos, porque isso que fizeram comigo,\n afirmou.\n \n \n \n \n
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\n A decisão que deu aval para Nathaly se tornar universitária é do desembargador\n Sérgio Fernandes Martins, da 1ª Seção Cível do Tribunal de Justiça de Mato\n Grosso do Sul (TJMS). O magistrado concedeu mandado de segurança da garota, que\n foi aprovada no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), e determinou a expedição\n do certificado de conclusão do ensino médio.\n \n Nathaly,\n que se preparava para fazer o 2º ano do ensino médio em 2013, contou ao G1 que fez o Enem para treinar e\n inscreveu-se no Sisu depois de ver que a sua média de 647 estava acima da\n nota de corte para artes visuais.\n \n Pelo\n telefone da Central do Ministério da Educação, ela ficou sabendo que passou em\n 5º lugar no curso, que oferecia 26 vagas.
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\n Na hora que eu fiquei sabendo, passou muita coisa pela minha cabeça e comecei\n a chorar. Eu estava com esperança, mas ao mesmo tempo estava conformada que não\n ia passar, afirmou.\n \n Edelária\n foi uma das primeiras pessoas a saber do feito da filha. Ela me acordou 1h da\n manhã para falar que tinha saído a lista e que ela tinha se classificado.\n \n Apesar\n de ter concedido o mandado de segurança, o desembargador se mostrou preocupado\n com o futuro da adolescente no ambiente acadêmico.\n \n Registro\n minha preocupação [ ] se realmente é saudável que uma adolescente de apenas 14\n anos de idade [ ] ingresse imediatamente em uma universidade, passando a\n conviver em um ambiente pensado, projetado e frequentado unicamente por\n adultos, em sua maioria jovens que iniciam a fase de descobertas, relatou\n Martins.\n \n Ela\n já tem esse conhecimento, tamanha é a maturidade. A escola estadual não difere\n do ambiente acadêmico e ela já sabe se livrar desses caminhos. Além disso, foi\n mãe na adolescência sem ficar grávida, pois tinha 12 anos quando a irmãzinha\n dela nasceu e cuidou dela o tempo todo enquanto eu trabalhava, defendeu a mãe.
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\n E agora?
\n Com a matrícula feita, Nathaly está ansiosa para começar as aulas. São coisas\n que eu gosto de mexer, como fotografia, sobreposição de objetos e programas de\n computação, principalmente. Agora tenho que aprender a desenhar, disse, na\n torcida por uma boa adaptação. Acho que vou ter aceitação, pois sempre me\n enturmo com pessoas mais velhas.
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\n Com previsão de terminar o curso aos 18 anos, a adolescente quer cursar\n jornalismo e depois direito, além de querer trabalhar em escola pública.\n Percebi muita deficiência no ensino no período que estudei em escola estadual.\n Quero trabalhar para incentivar alunos, porque isso que fizeram comigo,\n afirmou.\n \n \n \n \n
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