Educação
16/01/2014 09:00:00
MEC vai chamar faculdades do RJ para negociar transferência de alunos
O Ministério da Educação vai convocar instituições privadas de ensino superior do Rio de Janeiro interessadas em absorver os estudantes das universidades Gama Filho e UniverCidade, geridas pelo grupo Galileo Educacional.
G1/LD
Imprimir
O Ministério da Educação vai convocar instituições privadas de ensino\n superior do Rio de Janeiro interessadas em absorver os estudantes das \n universidades Gama Filho e UniverCidade, geridas pelo grupo Galileo \n Educacional. As duas foram descredenciadas pelo ministério por não \n atenderem a exigências estipuladas pelo governo. A reunião deve ocorrer \n na semana que vem, segundo o MEC.\n \n \t No encontro o governo vai mostrar, por meio de editais, como serão \n divididos os alunos das duas instituições fechadas e como será feita a \n transferência assistida.\n \n O descredenciamento da Gama Filho e da UniverCidade foi anunciado na última\n segunda (13). O ministério alegou "baixa qualidade acadêmica, grave\n comprometimento da situação econômico-financeira da mantenedora [das\n instituições] e a falta de um plano viável para superar o problema, além da\n crescente precarização da oferta da educação superior".\n \n Na manhã desta quinta, um grupo de alunos da Gama Filho se reuniu com\n representantes da secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do\n MEC. De acordo com os alunos presentes na reunião, eles reivindicam, como parte\n da transferência para uma nova instituição, a manutenção do valor da\n mensalidade, a manutenção de bolsas de estudos, o aproveitamento das\n disciplinas já cursadas e, ainda, que a formatura não seja atrasada.\n \n Após a reunião, os estudantes disseram que, segundo o MEC, os alunos da Gama\n Filho serão divididos em três lotes de transferência, mas ainda não há detalhes\n de como será o processo.\n \n Cronologia do caso
\n No fim de 2012, o MEC instaurou um processo de supervisão na Gama Filho e na\n UniverCidade, motivado por denúncias de irregularidades, deficiência acadêmica\n e problemas financeiros. No início do ano passado, a crise se agravou, com a\n deflagração de greve de professores, funcionários e estudantes por falta de pagamento\n de salários nas duas instituições.\n \n Diante desse cenário, o MEC criou em abril de 2013 uma comissão de\n acompanhamento para avaliar a situação, além de outra formada por professores,\n funcionários, estudantes, pais e sindicatos, entre outros, para identificar\n soluções e articular acordos.\n \n Ao longo do ano passado, segundo nota divulgada pelo MEC, foram alternados\n na Gama Filho e na UniverCidade períodos de normalidade acadêmica e resolução\n de problemas apontados pelo ministério (incluindo o pagamento de professores)\n com períodos de agravamento da crise, com ocupação de alunos na reitoria,\n suspensão do fornecimento de água e luz, e ausência de serviços de segurança e\n limpeza, o que impedia o funcionamento das instituições. No dia 2 de agosto do\n ano passado, o MEC suspendeu o vestibular das duas universidades, impedindo o\n ingresso de novos alunos. Os estudantes matriculados ocuparam a reitoria. No\n dia 15 do mesmo mês, a mantenedora anunciou ter pago alguns meses de salários\n atrasados dos docentes.
\n
\n No dia 2 de outubro, o grupo Galileo anunciou a demissão de 348 professores das\n duas universidades.\n \n No dia 8 de outubro, o grupo Galileo assinou um Termo de Saneamento de\n Deficiências (TSD) com o MEC, no qual se comprometia a realizar um conjunto de\n ações de curto, médio e longo prazos. O ministério, então, revogou a suspensão\n do vestibular, no dia 10 de outubro.
\n Ao longo de outubro e novembro, foram feitas visitas para acompanhar se o termo\n estava sendo cumprido. Segundo o MEC, o grupo Galileo não cumpriu as premissas\n firmadas no contrato, "especialmente na operação de captação de recursos\n que viabilizaria os aportes essenciais para a consecução das demais ações\n saneadoras, indicando a reinstalação da crise".\n \n No dia 12 de dezembro de 2013, diante do descumprimento do que foi acertado,\n o MEC suspendeu novamente o vestibular da Gama Filho e da UniverCidade, os\n processos regulatórios das duas instituições e novos contratos para\n financiamento estudantil (Fies) e bolsas do Programa Universidade para Todos\n (Prouni). Além disso, houve restrição das instituições à participação no\n Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).\n \n Com a instauração do processo administrativo, as duas universidades tiveram\n um prazo de 15 dias para apresentação de defesa e de 30 dias para recorrerem\n das medidas cautelares impostas. As instituições se manifestaram no dia 3 de\n janeiro de 2014, e a proposta foi analisada pelo MEC, que optou pelo\n descredenciamento delas, com "o objetivo de preservar o interesse dos\n estudantes e da sociedade por uma educação superior de qualidade".\n \n
\n No fim de 2012, o MEC instaurou um processo de supervisão na Gama Filho e na\n UniverCidade, motivado por denúncias de irregularidades, deficiência acadêmica\n e problemas financeiros. No início do ano passado, a crise se agravou, com a\n deflagração de greve de professores, funcionários e estudantes por falta de pagamento\n de salários nas duas instituições.\n \n Diante desse cenário, o MEC criou em abril de 2013 uma comissão de\n acompanhamento para avaliar a situação, além de outra formada por professores,\n funcionários, estudantes, pais e sindicatos, entre outros, para identificar\n soluções e articular acordos.\n \n Ao longo do ano passado, segundo nota divulgada pelo MEC, foram alternados\n na Gama Filho e na UniverCidade períodos de normalidade acadêmica e resolução\n de problemas apontados pelo ministério (incluindo o pagamento de professores)\n com períodos de agravamento da crise, com ocupação de alunos na reitoria,\n suspensão do fornecimento de água e luz, e ausência de serviços de segurança e\n limpeza, o que impedia o funcionamento das instituições. No dia 2 de agosto do\n ano passado, o MEC suspendeu o vestibular das duas universidades, impedindo o\n ingresso de novos alunos. Os estudantes matriculados ocuparam a reitoria. No\n dia 15 do mesmo mês, a mantenedora anunciou ter pago alguns meses de salários\n atrasados dos docentes.
\n
\n No dia 2 de outubro, o grupo Galileo anunciou a demissão de 348 professores das\n duas universidades.\n \n No dia 8 de outubro, o grupo Galileo assinou um Termo de Saneamento de\n Deficiências (TSD) com o MEC, no qual se comprometia a realizar um conjunto de\n ações de curto, médio e longo prazos. O ministério, então, revogou a suspensão\n do vestibular, no dia 10 de outubro.
\n Ao longo de outubro e novembro, foram feitas visitas para acompanhar se o termo\n estava sendo cumprido. Segundo o MEC, o grupo Galileo não cumpriu as premissas\n firmadas no contrato, "especialmente na operação de captação de recursos\n que viabilizaria os aportes essenciais para a consecução das demais ações\n saneadoras, indicando a reinstalação da crise".\n \n No dia 12 de dezembro de 2013, diante do descumprimento do que foi acertado,\n o MEC suspendeu novamente o vestibular da Gama Filho e da UniverCidade, os\n processos regulatórios das duas instituições e novos contratos para\n financiamento estudantil (Fies) e bolsas do Programa Universidade para Todos\n (Prouni). Além disso, houve restrição das instituições à participação no\n Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec).\n \n Com a instauração do processo administrativo, as duas universidades tiveram\n um prazo de 15 dias para apresentação de defesa e de 30 dias para recorrerem\n das medidas cautelares impostas. As instituições se manifestaram no dia 3 de\n janeiro de 2014, e a proposta foi analisada pelo MEC, que optou pelo\n descredenciamento delas, com "o objetivo de preservar o interesse dos\n estudantes e da sociedade por uma educação superior de qualidade".\n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias