Globo Esporte/LD
ImprimirDiego Cavalieri é o jogador com mais história no Fluminense a integrar a lista de liberados pela direção divulgada na quinta-feira. A maneira pela qual o Tricolor conduziu o assunto incomodou o goleiro, desde 2011 nas Laranjeiras, três títulos e 352 jogos pelo clube.
A comunicação feita pelo telefone de que não fazia parte dos planos para 2018 não caiu bem - esta informação foi divulgada inicialmente pelo UOL e posteriormente confirmada pelo GloboEsporte.com. Aos 35 anos, o camisa 12 entendeu que merecia mais respeito. Até porque, às vésperas das férias, foi avisado da importância de ter passaporte e visto em dia para a viagem aos Estados Unidos para a pré-temporada.
Dias antes do telefonema, o Flu procurou o goleiro por mensagem de Whatsapp. O contato era para saber se o atleta havia voltado a ser empresariado por alguém - ele é conhecido por não ter representante nos últimos anos. A resposta foi negativa. Posteriormente, a ligação oficializou a decisão da direção.
Foi a última etapa de um processo de reestruturação financeira conduzida pela atual gestão. Inicialmente, se pensou em reduzir parte dos vencimentos de direitos de imagem de Cavalieri. A recisão ainda não foi acertada em comum acordo.
Pelos 24 meses de contrato que teria de cumprir, o goleiro receberia algo perto de R$ 10 milhões. O atual vínculo, com término em 31 de dezembro de 2019, foi firmado em 2016.
Cavalieri, a pessoas próximas, comentou ainda a dificuldade que terá em se realocar no mercado. Ele não gostou de ter sido comunicado no dia 28 de dezembro, quando os principais clubes brasileiros estão com planejamento praticamente definido.
- Os jogadores estão todos de férias, alguns viajando, alguns fora do Brasil. Encontramos todos da maneira que foi possível, cada um de um jeito. Acho normal o jogador sentir isso. Eu fui jogador, eu fui cortado de equipes, troquei de contrato, isso funciona de forma ruim para quem está no time. Sentimos muito, um jogador importantíssimo, uma pessoa maravilhosa, ídolo da torcida. O Fluminense hoje não pode pagar, esperamos que outros possam – justificou Marcus Vinicius Freire, CEO do Flu, em entrevista à ESPN.
Contratado em 2011, o camisa 12 sempre foi titular. À exceção desta temporada, na qual, após lesão no tornozelo direito, perdeu a posição para Júlio César. Campeão brasileiro e do Carioca em 2012 e da Primeira Liga no ano passado, é ídolo da torcida. A liberação dele gerou revolta nas redes sociais, com o assunto sendo um dos mais comentados do Twitter.