“Lamentável”.\n É assim que o presidente do Ubiratan, Joaquim Soares, define a briga \n entre torcedores ocorrida na tarde deste domingo, no Morenão, em Campo \n Grande, durante a vitória por 3 a 1 da equipe douradense sobre o \n Operário, de virada. No segundo tempo, enquanto o evento decorria \n normalmente dentro de campo, o clima ficou tenso nas arquibancadas.\n Torcedores locais se desentenderam e deram início a uma briga \n generalizada que se estendeu para fora do estádio. Algumas pessoas foram\n presas e outras acabaram levemente feridas. “Não há o que dizer, foi um\n fato lamentável que só mancha o trabalho sério das pessoas que fazem um\n enorme esforço para reerguer o futebol do Mato Grosso do Sul”, disse \n Joaquim Soares.\n Ele relatou desespero de torcedores e ataque a jogadores. “O clima \n esquentou. Nas arquibancadas estavam pais com seus filhos e esposas, e \n também pessoas idosas. Todos se sentiram ameaçados e ficaram com muito \n medo. Nosso futebol já é um desastre em termos de público, e tudo isso \n afasta ainda mais as pessoas do evento. Isso sem falar no que jogadores \n do Ubiratan passaram dentro de campo, sendo alvos de inúmeros objetos \n que foram atirados contra eles e sobre o banco de reservas”, destacou.\n Na primeira rodada da segunda fase, no dia 28 de setembro, o Operário \n jogou contra o Coxim no estádio André Borges, e na ocasião, torcedores \n rivais também se envolveram em uma confusão; naquele dia, o time \n campo-grandense saiu de campo vitorioso, curiosamente por 3 a 1, também \n de virada.\n Punição\n Recentemente Corinthians e Vasco perderam quatro mandos de jogo por \n causa de situações semelhantes. Neste final de semana, São Paulo e \n Cruzeiro também tiveram suas torcidas envolvidas em brigas e estão na \n mira do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Por isso, Soares \n espera que algo seja feito no Estado. “É preciso uma punição severa. Os \n responsáveis por essa bagunça, sejam os torcedores, sejam os clubes que \n organizam o evento, têm que ser punidos de maneira exemplar”, explicou.\n O Artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) trata \n exclusivamente sobre estes casos e prevê, por exemplo, multa que varia \n de R$ 100 a R$ 100 mil por desordens no ambiente de desporto, invasão do\n campo ou lançamento de objetos no gramado. Representantes da Federação \n de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS) foram procurados para comentarem\n sobre o assunto, mas até o fechamento da matéria ninguém foi \n encontrado. O caso da briga em Coxim ainda continua sem julgamento.