Demitido após agredir um colega em campo, o meia Guaraci alegou que foi vítima de racismo. Agora ex-jogador do Crac, ele disse que deu o tapa na nuca de Jorginho porque foi chamado de "preto sujo" pelo lateral-direito. O episódio ocorreu na derrota de 1 a 0 para o Atlético-GO, quarta-feira, pelo Campeonato Goiano. Na ocasião, Guaraci foi expulso e, na saída de campo, ainda fez gesto obsceno para o árbitro Bruno Resende.

• Após uma bola disputada na frente da área e que eu não ganhei, o lateral-direito Jorginho chegou conversando comigo com atos raciais. Isso não pode acontecer de forma alguma. "Preto" e "sujo" foram as coisas que eu ouvi. O resto não consegui ouvir muito bem.

Jorginho, por sua vez, negou a acusação. O lateral admite ter reclamado de Guaraci por conta de um lance de jogo, mas afirma que não praticou qualquer ato de racismo.

• A única coisa que eu chamei ele foi de "mole" lá no momento. Nunca fui racista. Odeio racistas. Espero que ele não tenha entendido isso como racismo meu - se defendeu o lateral.

Apesar da justificativa, a diretoria do Crac manteve a decisão de demitir o jogador. No retorno a Catalão, o meia sequer treinou com os companheiros e foi dispensado. Presidente do clube, Roberto Silva já havia classificado o ato como "ridículo" e "uma pouca "vergonha". Ele voltou a condenar a agressão de Guaraci.

• A atitude do Guaraci foi uma atitude que não pode ser levada para dentro de campo, como ele fez - avaliou o dirigente catalano, que também optou por multar Jorginho.

O Crac é penúltimo colocado do Grupo A do Goianão. Em quatro jogos, empatou três e perdeu um. O Leão do Sul volta a jogar no domingo e visita a Aparecidense, às 17h, no Anníbal de Toledo.