Nico Rosberg provou mais uma vez que pode dar emoção ao Grande Prêmio de Abu Dhabi. Ele vai largar na pole position na última e decisiva corrida do ano, com chances reais de ser campeão. Para isso ele precisará superar o favoritismo de Lewis Hamilton, que está em primeiro na classificação geral, mas parece ter sentido a pressão e vai largar em segundo. Então a briga pelo título deve ser bastante agitada na corrida deste domingo, às 11h (de Brasília).

Quando os pilotos saíram para as primeiras voltas do Q3, Rosberg já levou a melhor. Hamilton cometeu um pequeno erro e ficou 0s324 atrás do alemão. Os carros da Williams e da Red Bull acompanharam a Mercedes logo atrás.

Faltando cerca de três minutos para o fim do treino, os pilotos saíram novamente e começaram os momentos decisivos. Rosberg melhorou seu tempo em relação ao começo. Hamilton também evoluiu, mas a diferença entre eles cresceu para 0s386. Parece pouco, mas essa vantagem de Rosberg contra Hamilton não costuma ser tão grande, o que pode indicar que o inglês não está tão seguro.

Felipe Massa tinha feito um bom treino livre na manhã deste sábado, mas não conseguiu ir tão bem no Q3. Ele ficou o tempo todo atrás do companheiro Valtteri Bottas e por isso vai largar na quarta posição. Novamente a Williams mostrou que está forte e pode até brigar pela vitória se a Mercedes errar.

Entre as equipes mais fracas, aconteceu uma briga forte no Q1. Fora os pilotos da Caterham, os outros trocaram de posição diversas vezes por causa de tempos feitos na última volta. E no final Romain Grosjean, Esteban Gutierrez, Pastor Maldonado, Kamui Kobayashi e Will Stevens foram eliminados.

O Q2 teve um fato curioso logo no início: enquanto Hamilton fechava o melhor tempo do final de semana até então, Rosberg errou em uma curva e fez uma volta muito lenta. Depois ele se recuperou, mas ainda ficou atrás de Felipe Masse e Valtteri Bottas. Mais atrás a disputa foi agitada de novo e por pouco Kimi Raikkonen escapou de uma decepção. Os eliminados foram Adrian Sutil, Nico Hulkenberg, Jean Eric-Vergne, Sergio Perez e Kevin Magnussen.

Na prática Hamilton nem precisa vencer para ser bicampeão da Fórmula 1. Para ele basta um segundo lugar. Mas se ficar atrás disso, terá que torcer contra seu companheiro de equipe. A missão é mais difícil para Rosberg: ainda que mantenho o primeiro lugar na corrida, terá que torcer para Hamilton ser o terceiro ou pior do que isso.