Geral
08/02/2013 10:16:05
"É um pesadelo", diz pai que levou filha até a porta da boate Kiss
Amigas quase inseparáveis, Jennefer e Erika não foram juntas à boate Kiss, como de custume, na madrugada do dia 27 de janeiro.
G1/LD
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\n \n Amigas quase\n inseparáveis, Jennefer e Erika não foram juntas à boate Kiss, como de custume,\n na madrugada do dia 27 de janeiro. Deixaram as suas casas separadas, chegaram\n ao local longe uma da outra, mas tiveram o mesmo destino. As duas morreram no\n incêndio que matou outras 238 pessoas em Santa Maria. Amigos que se aproximaram\n pela união das filhas, os pais ainda tentam aceitar as perdas.
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\n Adherbal Alves Ferreira, pai de Jennefer e Leo Carlos Becker, pai de Erika,\n assistiram por anos à amizade das jovens de 22 anos. As meninas costumavam\n frequentar a casa uma outra, trocavam roupas e confidências. "Elas eram\n muito amigas, uma sempre estava com a outra, mas naquela noite não tinhm ido\n juntas à boate", explica o consultor de vendas Leo.
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\n Jennefer foi com outras duas amigas à Kiss. O pai foi o motorista e as deixou\n em frente à boate. Até agora, 12 dias depois da tragédia, ele ainda procura\n explicações.
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\n "Eu não paro de pensar no sofrimento da minha filha, não consigo imaginar\n o que ela passou antes de morrer. Isso está me deixando louco. Eu levei a minha\n filha e duas amigas, as deixei na frente da boate e as três estão mortas",\n lamenta o empresário Adherbal.
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\n Ainda muito abalado com a morte da filha, ele lamenta o fato de ter conduzido\n ela e as amigas até a boate. "Eu não podia acreditar. É um pesadelo. Só\n ontemnbsp;que eu consegui ver na internet as reportagens sobre a hora do\n incêndio. Eu não paro de pensar no que a minha filha passou. Se eu não tivesse\n levado as meninas..."\n \n Pais buscam criar associação
\n Apesar da dor, os dois pais ainda encontram força para mobilizar outros\n familiares a lutarem por justiça. Na quarta-feira (6), eles foram até a\n delegacia de Santa Maria pedir apoio na divulgação de uma reunião que tentará\n mobilizar parentes das vítimas a formar uma associação com a mesma intenção do\n grupo criado para defender as vítimas do voo 3054 da TAM.
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\n "Eu pensei nisso durante a missa do última sábado. Parece que fui\n inspirado, não sei de onde veio essa ideia, mas agora vou colocar isso em\n prática", diz Leo. O encontro deve ocorrer no próximo sábado (9).
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\n "A reunião deve ser fechada, só para as famílias, mas já pedimos apoio da\n Brigada Militar e vamos ter uma ambulância à disposição, por precaução. A\n emoção vai ser grande, precisamos estar preparados. Ela queria criar\n umanbsp;associação porque adorava animais, eu tenho 17 gatos lá em casa que\n ela ia recolhendo, agora eu vou criar essa associação. Por ela e por todos os\n outros. A Jennefer era minha joia. Eu fui pai de um anjo", diz Adherbal.
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\n O pai de Erika lembrou os últimos momentos com a filha. Segundo Leo, a menina\n sempre insistia em dizer que não viveria por muito tempo. Ele contou que, ao\n folhear o diário da filha, a família descobriu que ela deixou escrito: "viver\n até os 35, para que mais".
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\n "Ela sempre dizia isso, durante as refeições, para que nos acostumássemos\n porque ela iria embora. Eu e a mãe dela pensávamos que fosse para estudar em\n outra cidade, quem sabe, mas nunca entendemos isso como uma aviso de uma partida\n definitiva. E agora ela se foi para sempre."\n \n \n \n \n
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\n Adherbal Alves Ferreira, pai de Jennefer e Leo Carlos Becker, pai de Erika,\n assistiram por anos à amizade das jovens de 22 anos. As meninas costumavam\n frequentar a casa uma outra, trocavam roupas e confidências. "Elas eram\n muito amigas, uma sempre estava com a outra, mas naquela noite não tinhm ido\n juntas à boate", explica o consultor de vendas Leo.
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\n Jennefer foi com outras duas amigas à Kiss. O pai foi o motorista e as deixou\n em frente à boate. Até agora, 12 dias depois da tragédia, ele ainda procura\n explicações.
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\n "Eu não paro de pensar no sofrimento da minha filha, não consigo imaginar\n o que ela passou antes de morrer. Isso está me deixando louco. Eu levei a minha\n filha e duas amigas, as deixei na frente da boate e as três estão mortas",\n lamenta o empresário Adherbal.
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\n Ainda muito abalado com a morte da filha, ele lamenta o fato de ter conduzido\n ela e as amigas até a boate. "Eu não podia acreditar. É um pesadelo. Só\n ontemnbsp;que eu consegui ver na internet as reportagens sobre a hora do\n incêndio. Eu não paro de pensar no que a minha filha passou. Se eu não tivesse\n levado as meninas..."\n \n Pais buscam criar associação
\n Apesar da dor, os dois pais ainda encontram força para mobilizar outros\n familiares a lutarem por justiça. Na quarta-feira (6), eles foram até a\n delegacia de Santa Maria pedir apoio na divulgação de uma reunião que tentará\n mobilizar parentes das vítimas a formar uma associação com a mesma intenção do\n grupo criado para defender as vítimas do voo 3054 da TAM.
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\n "Eu pensei nisso durante a missa do última sábado. Parece que fui\n inspirado, não sei de onde veio essa ideia, mas agora vou colocar isso em\n prática", diz Leo. O encontro deve ocorrer no próximo sábado (9).
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\n "A reunião deve ser fechada, só para as famílias, mas já pedimos apoio da\n Brigada Militar e vamos ter uma ambulância à disposição, por precaução. A\n emoção vai ser grande, precisamos estar preparados. Ela queria criar\n umanbsp;associação porque adorava animais, eu tenho 17 gatos lá em casa que\n ela ia recolhendo, agora eu vou criar essa associação. Por ela e por todos os\n outros. A Jennefer era minha joia. Eu fui pai de um anjo", diz Adherbal.
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\n O pai de Erika lembrou os últimos momentos com a filha. Segundo Leo, a menina\n sempre insistia em dizer que não viveria por muito tempo. Ele contou que, ao\n folhear o diário da filha, a família descobriu que ela deixou escrito: "viver\n até os 35, para que mais".
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\n "Ela sempre dizia isso, durante as refeições, para que nos acostumássemos\n porque ela iria embora. Eu e a mãe dela pensávamos que fosse para estudar em\n outra cidade, quem sabe, mas nunca entendemos isso como uma aviso de uma partida\n definitiva. E agora ela se foi para sempre."\n \n \n \n \n
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