\n \n As\n lutas femininas, populares e a produção de alimentos saudáveis foram debatidas\n hoje (20) no 1º Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas do\n Brasil. Segundo a dirigente nacional do movimento, Justina Cima, uma das lutas\n é o direito pela licença-maternidade ampliada para as trabalhadoras rurais.\n “Queremos que todas as mulheres camponesas tenham acesso ao salário-maternidade\n e à ampliação da licença-maternidade, de quatro para seis meses.”\n \n Sobre\n a atividade agrícola, Justina ressalta que a busca é por políticas públicas\n para viabilizar a produção de alimentos saudáveis e com qualidade. “Esse\n movimento contribui expressivamente com a produção da alimentação saudável para\n toda a população brasileira e com os cuidados com a biodiversidade do nosso\n país.”\n \n A\n agricultora Marilene da Silva, de 37 anos, integrante do Movimento das Mulheres\n Camponesas, disse que pretende repassar as informações do encontro quando\n retornar à cidade de Branquinha (AL), onde vive. “Estou adquirindo mais\n conhecimento para levar para minhas amigas que ficaram na minha cidade, como o\n sálario-maternidade. Muitas mulheres que vivem lá não têm esse tipo de conhecimento,\n e por isso não recebem seus direitos”.\n \n Para\n a presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional\n (Consea), Maria Emília Pacheco, a participação de mulheres de vários estados\n mostra a capacidade de organização e da luta feminina. “Nós entendemos que é\n fundamental garantir e apoiar a capacidade de auto organização das mulheres\n para elas conseguirem mais autonomia econômica, serem reconhecidas como sujeito\n de direito. É parte da luta contra a discriminação das mulheres.”\n \n Participaram\n da mesa de debates representantes da Marcha Mundial das Mulheres, da\n Articulação de Mulheres Brasileiras, do Consea e do Movimento das Mulheres\n Camponesas.\n \n \n \n \n