\n \n A redação do Exame Nacional do Ensino Médio\n (Enem) deste ano não permitirá erros de ortografia para que o estudante obtenha\n a nota máxima, apesar de um dos textos apresentados nesta quinta-feira, 05,\n como exemplo pelo Ministério da Educação ter a palavra “espanhóis” escrita sem\n o acento em uma das três vezes em que é citada.\n \n De acordo com o ministro da Educação,\n Aloizio Mercadante, o exemplo foi proposital, mostrando que “situações limite”\n podem ser desculpadas - no caso, a aluna demonstrou que sabia a grafia correta\n em outras duas vezes e claramente esqueceu o sinal em uma das vezes.\n \n O edital da redação deste ano prevê que\n “desvios gramaticais serão aceitos como excepcionalidade e quando não\n caracterizarem reincidência” - ou seja, esquecimentos como o da aluna usada\n como exemplo podem ser desconsiderados, desde que se possa ver que o estudante\n conhece a norma culta da língua.\n \n “O entendimento dos nossos especialistas é\n que isso mostra o completo domínio da norma culta. Você tem uma pessoa jovem\n sob pressão ali”, diz o Luiz Claudio Costa, presidente do Instituto Nacional de\n Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela prova.\n \n O edital deste ano não vai deixar passar\n textos que tenham inserções sem nenhuma relação com o texto. No ano passado,\n vieram à tona redações em que os estudantes tinham colocado receitas de miojo e\n hinos de times de futebol no meio do texto. Segundo Luiz Claudio, o edital só\n previa nota zero para quem fugisse completamente ao tema da redação. Fugas\n parciais diminuíam a nota, mas não zeravam. Dessa vez, casos desse tipo\n anularam a prova.\n \n O manual, que está ano estará disponível\n apenas na internet, esclarece dúvidas comuns dos estudantes, como por exemplo o\n número de linhas e a necessidade de colocar títulos, o que pode levar à nota\n zero - além dos casos citados, ter até sete linhas apenas, impropérios,\n desenhos, desrespeito aos direitos humanos - e que habilidades exatamente o\n estudante deve demonstrar.\n \n Também explica como será feita a correção.\n Este ano o MEC também usará dois corretores e um terceiro será chamado caso a\n diferença de notas passe de 100 pontos - em 2012, era de 200 pontos. Com a\n redução, o ministério estima que mais da metade das provas terá que passar por\n um terceiro avaliador. Uma simulação foi feita e, nela, 52,9% das provas\n tiveram mais de 100 pontos de diferença na nota.\n \n \n \n \n