Geral
06/06/2013 09:00:00
Indígenas acampam na UFMS para aguardar definição de reunião
Os cerca de 500 participantes da marcha de indígenas, trabalhadores rurais sem terra e quilombolas que saiu da cidade de Anhaduí, a cerca de 50 quilômetros da capital sul-mato-grossense chegaram na manhã de hoje (6) a Campo Grande e estão acampados na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (
Agência Brasil/LD
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\n \n Os\n cerca de 500 participantes da marcha de indígenas,\n trabalhadores rurais sem terra e quilombolas que saiu da cidade de Anhaduí, a\n cerca de 50 quilômetros da capital sul-mato-grossense chegaram na manhã de\n hoje (6) a Campo Grande e estão acampados na Universidade Federal de Mato\n Grosso do Sul (UFMS).\n \n Os\n manifestantes aguardam o resultado da reunião de representantes dos índios\n terenas com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo e da Secretaria-Geral\n da Presidência da República, Gilberto Carvalho sobre a situação das terras\n indígenas em Sidrolândia (MS), onde ocorreu o conflito que resultou na morte do\n índio Oziel Gabriel e onde, na última terça-feira (4), o índio Josiel Gabriel\n Alves foi baleado durante tentativa de ocupação de uma fazenda da região. A\n reunião está prevista para as 15h.\n \n Estamos\n esperando o resultado desta reunião em Brasília. Queremos ouvir e buscar quem\n defenda nossos direitos. O governo precisa sair de cima do muro e dizer que nós\n também somos brasileiros e trabalhar para nós, disse à Agência Brasil a\n integrante da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra\n e índia terena Tiliana Brunetto. Segundo ela, após o resultado da reunião, os\n manifestantes vão avaliar se permanecem acampados na universidade. \n \n A\n marcha faz parte do movimento denominado Jornadas Unitárias de Luta em Mato\n Grosso do Sul, que reuniu inicialmente cerca de mil pessoas. Organizado por\n movimentos sociais, a manifestação cobra a demarcação de terras indígenas e de\n quilombolas, além da reforma agrária. Eles cobram ainda a apuração da morte do\n índio terena Oziel Gabriel, no dia 30 de maio.\n \n Viemos\n aqui para gritar o nome de Oziel que foi morto por culpa da demora na demarcação\n das terras indígenas. Aquela terra tem uma história. Ela é dos nossos\n antepassados e foi reconhecida pela Funai, só falta o governo homologar\n [isso], ressaltou o índio Elvis Terena. Segundo ele, em todo o estado, 298\n índios foram mortos, nos últimos anos em razão dos conflitos pela posse da\n terra.\n \n Amanhã\n (7), os manifestantes pretendem fazer um ato no centro da cidade com a presença\n de parlamentares ligados à questão do campo. A manifestação está prevista para\n as 10h. De acordo com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do\n Sul (Famasul), só em Sidrolândia e Aquidauana há 13 fazendas ocupadas desde\n meados da década de 1980. Em todo o estado, o número chega a 65.\n \n \n \n \n
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