Geral
04/02/2013 07:35:24
Jovem de Santa Maria cria ONG para fiscalizar boates
No dia seguinte ao incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que matou 237 pessoas há uma semana, o estudante Giordano Goellner, de 23 anos - ele próprio frequentador assíduo da casa noturna - disse a si mesmo que não deixaria a tragédia que abalou sua cidade natal passar em branco.
Terra/LD
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\n \n No\n dia seguinte ao incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que matou 237 pessoas\n há uma semana, o estudante Giordano Goellner, de 23 anos - ele próprio\n frequentador assíduo da casa noturna - disse a si mesmo que não deixaria a\n tragédia que abalou sua cidade natal passar em branco.\n \n Junto\n com outros sete amigos, Goellner, que estuda Administração de Empresas na\n Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), decidiu criar a ONG Andradas Viva,\n cujo objetivo é fiscalizar, com a ajuda das redes sociais, locais de grande\n reunião de público e verificar se tais estabelecimentos estão cumprindo as\n normas de segurança previstas na legislação.\n \n "Nosso\n intuito é, com a ajuda de nossos colaboradores, saber se o estabelecimento\n comercial está adequado às normas básicas de segurança. Para isso, vamos contar\n com a ajuda da nossa página na Internet e das redes sociais", diz Goellner\n à BBC Brasil.\n \n O\n nome da entidade, Andradas Viva, faz alusão à rua onde a boate Kiss está\n localizada, até então um dos principais pontos de encontro de vários jovens da\n cidade, incluindo inúmeros estudantes da UFSM que morreram no trágico episódio.\n \n Conscientização
\n Além da fiscalização, que inicialmente se concentrará nas casas noturnas,\n Goellner explica que também quer conscientizar a população sobre seus direitos\n e pressionar as autoridades para a alteração de leis que, em sua opinião, estão\n "atrasadas".\n \n Até\n o incêndio na Kiss, eu, por exemplo, não sabia quais equipamentos de segurança\n uma boate precisaria ter", comenta Goellner.\n \n "Também\n queremos pressionar as autoridades para mudar algumas leis retrógradas, em\n relação, por exemplo, aos prazos longos que donos de alguns estabelecimentos\n têm se adequar a certas normas, como alarmes de incêndio".\n \n Sorte
\n Goellner conta que por pouco não foi uma das vítimas da tragédia em Santa\n Maria. Ele e sua namorada já haviam combinado de ir à Kiss na noite do último\n sábado, 26 de janeiro, mas mudaram os planos.\n \n "Uma\n amiga nossa sentiu um mal estar e desistimos de sair".\n \n Entretanto,\n vários conhecidos do jovem morreram no incêndio.\n \n Um\n dos amigos de Goellner, que também é integrante da ONG e estava na boate no dia\n do incidente, conseguiu sair minutos antes de o fogo começar.\n \n "Ele,\n porém, perdeu 15 amigos", lamenta o jovem.\n \n "Não\n podemos mudar o passado, mas esperamos evitar que, no futuro, tragédias como\n essa voltem a acontecer", diz Goellner.\n \n "Queremos\n transformar nossa revolta em resultado", afirmou.\n \n \n \n \n
\n Além da fiscalização, que inicialmente se concentrará nas casas noturnas,\n Goellner explica que também quer conscientizar a população sobre seus direitos\n e pressionar as autoridades para a alteração de leis que, em sua opinião, estão\n "atrasadas".\n \n Até\n o incêndio na Kiss, eu, por exemplo, não sabia quais equipamentos de segurança\n uma boate precisaria ter", comenta Goellner.\n \n "Também\n queremos pressionar as autoridades para mudar algumas leis retrógradas, em\n relação, por exemplo, aos prazos longos que donos de alguns estabelecimentos\n têm se adequar a certas normas, como alarmes de incêndio".\n \n Sorte
\n Goellner conta que por pouco não foi uma das vítimas da tragédia em Santa\n Maria. Ele e sua namorada já haviam combinado de ir à Kiss na noite do último\n sábado, 26 de janeiro, mas mudaram os planos.\n \n "Uma\n amiga nossa sentiu um mal estar e desistimos de sair".\n \n Entretanto,\n vários conhecidos do jovem morreram no incêndio.\n \n Um\n dos amigos de Goellner, que também é integrante da ONG e estava na boate no dia\n do incidente, conseguiu sair minutos antes de o fogo começar.\n \n "Ele,\n porém, perdeu 15 amigos", lamenta o jovem.\n \n "Não\n podemos mudar o passado, mas esperamos evitar que, no futuro, tragédias como\n essa voltem a acontecer", diz Goellner.\n \n "Queremos\n transformar nossa revolta em resultado", afirmou.\n \n \n \n \n
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