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Geral
05/12/2013 11:00:44
À revelia de Júlio César, colégio da OAB/MS faz a reunião da "revolta"
A revelia de Júlio César Rodrigues Souza, o Colégio dos presidentes das subsecções da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso do Sul) realiza reunião para discutir a crise na entidade e pode propor uma resolução cobrando o afastamento do dirigente.

CGNews/LD

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A revelia de Júlio César Rodrigues Souza, o Colégio dos presidentes das\n subsecções da OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Mato Grosso\n do Sul) realiza reunião para discutir a crise na entidade e pode propor uma\n resolução cobrando o afastamento do dirigente. O pivô da maior crise na\n história da instituição é o contrato entre Júlio César e o prefeito da Capital,\n Alcides Bernal (PP).\n \n Ontem, o presidente tentou desarticular a reunião e convocou uma reunião do\n colégio para amanhã. No entanto, a operação fracassou e a reunião do colégio,\n que já começou sem Júlio César, é marcada por duras críticas à conduta do\n dirigente.\n \n “O que está em jogo é o nome da OAB”, afirmou o advogado e ex-presidente da\n OAB/MS, Carmelino Rezende. “A Ordem não pode ficar calada, o presidente recebeu\n nossa apuração com violência e rispidez”, afirmou o secretário geral adjunto\n Jully Heyder da Cunha Souza.\n \n Além de não contar com o apoio das subsecções no interior, Júlio César\n perdeu o respaldo de toda a diretoria. “A diretoria está rompida com o\n presidente, não tem volta”, ressaltou. “A ausência do Júlio mostra que nós da\n Ordem estamos de luto”, afirmou o secretário geral da entidade, Denner de\n Barros e Mascarenhas Barbosa.\n \n Conforme Jully Heyder, Júlio César é o primeiro presidente na história da\n entidade que responde a processo ético no Conselho Federal da OAB. “Temos de\n aplicar a fórmula máxima, antes de discutir a questão do dirigente, o que está\n em jogo é o nome da OAB”, afirmou Rezende, que foi um dos principais aliados do\n atual presidente.\n \n Na OAB/MS cresce o movimento pela renúncia de Júlio César. Como o Colégio de\n Presidentes não pode aprovar o seu afastamento, no encontro de hoje, eles podem\n aprovar uma moção de repúdio e reforçar o pedido pela sua renúncia. O\n afastamento só pode ser adotado pelo Conselho Federal.\n \n Histórico - A polêmica começou com a abertura de\n procedimentos éticos da OAB/MS contra o prefeito da Capital, Alcides Bernal. Em um dos casos, ele\n teria se apropriado do dinheiro destinado para a ex-catadora de material reciclado,\n Dilá Dirce de Souza.\n \n Logo após a instauração dos procedimentos, Bernal contratou Júlio César como\n advogado do município, com o pagamento de R$ 11,2 mil por mês, para questionar\n administrativamente e na Justiça o índice do rateio do ICMS (Imposto sobre\n Circulação de Mercadorias e Serviços) destinado à Capital.\n \n No entanto, Júlio César foi contratado sem licitação com base no principio\n da notória especialidade. No entanto, ele é formado e tem cursos na área de\n processo civil, enquanto o contrato exige Direito Tributário.\n \n Segundo Jully, esta foi a primeira vez que a prefeitura da Capital contratou\n um advogado para ampliar o índice do repasse do ICMS. Nos últimos seis anos, o\n trabalho era feito pela Procuradoria Jurídica do Município.\n \n Além dos R$ 11,2 mil por mês, Júlio César pode ganhar milhões de reais, já\n que o contrato prevê o repasse de uma parcela sobre cada montante adicional que\n ele conseguir reverter para os cofres municipais.
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