O Ministério da Saúde emitiu registro \n único para que duas profissionais selecionadas pelo programa “Mais \n Médicos” e com formação no exterior atuem em Mato Grosso do Sul. As \n médicas são Silvanna Canazilles Alves, lotada em Campo Grande, e Silvia \n Carolina Ruiz Mendizabal, que vai atuar em Corumbá. Hoje, o ministério \n publicou lista com 656 médicos intercambistas, que terão direito ao \n registro e à carteira de identificação.Com a publicação da Lei \n 12.871, que rege o programa, o Ministério da Saúde emitirá número de \n registro único para cada médico intercambista. O CRM (Conselho Regional \n de Medicina) será informado pelo coordenação do projeto e poderá \n fiscalizar seu trabalho.A decisão de o próprio ministério emitir o\n registro foi adotada para driblar a resistências dos conselhos \n regionais de medicina. “O governo dá registro para médico vindo do \n exterior. Infelizmente, não sabemos qual a sua formação, se estão \n capacitados”, afirma o presidente do CRM/MS (Conselho Regional de \n Medicina), Alberto Cubel Brull Junior.Segundo ele, o médico \n formado no exterior precisa passar pelo Revalida (Revalidação do \n Diploma) para ter direito ao registro no conselho. “Trouxeram médicos de\n fora, de Cuba, que não conseguem passar no Revalida, não têm \n capacidade. Para as pessoas pobres, vamos dar médicos de segunda \n categoria”, diz, em forte oposição ao programa do governo federal.Conforme\n o presidente, o registro do ministério permite somente a atuação como \n médico na unidade em que o profissional for alocado. Caso ele atenda \n fora, pode ser considerado exercício ilegal da Medicina.O governo\n federal tem a responsabilidade de levar o médico ao município, custear a\n bolsa de R$ 10 mil, a especialização e Previdência. Já as Prefeituras \n vão pagar pela moradia e alimentação.