\n \n Cerca de 170 indígenas da região de Volta Grande do Xingu voltaram\n a ocupar o canteiro principal das obras da usina hidrelétrica Belo Monte, em\n Altamira do Pará. A invasão ocorreu na madrugada desta segunda-feira, 27. \n \n Esta é a segunda ocupação do sítio Belo Monte por indígenas este\n ano. No dia 2 de maio, o local foi ocupado pelos Munduruku, Juruna, Kayapó,\n Xipaya, Kuruaya, Asurini, Parakanã e Arara. A saída aconteceu sete dias depois\n que a Justiça Federal determinou a desocupação de forma negociada com a\n presença da Funai e do MPF. \n \n A coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Antonia Melo\n disse que a pauta de reivindicações continua a mesma. Os indígenas querem a\n presença do secretário geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, além\n de consulta prévia, prevista na Constituição e na Convenção 169 da Organização\n Internacional do Trabalho (OIT) para a construção da hidrelétrica. \n \n Por telefone, lideranças indígenas afirmaram que desta vez não vão\n sair "nem mesmo com liminar da justiça". O Consórcio Construtor Belo\n Monte informou que os trabalhos foram suspensos por "questão de\n segurança". \n \n A Norte Energia, empresa responsável pela instalação e operação da\n usina hidrelétrica, vai se pronunciar após tomar conhecimento da ação. A Volta\n Grande do Xingu é o local onde ficam as aldeias às margens do rio Xingu. A área\n possui mais de 100 quilômetros de rio, que podem secar quando a obra for\n concluída, segundo o Movimento Xingu Vivo Para Sempre. \n \n \n \n \n