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Geral
05/03/2013 09:00:00
Índios recebem qualificação profissional e dizem viver "mudança radical de vida"
Inseridas na sociedade urbana, as aldeias Tereré, Lagoinha e Córrego do Meio, em Sidrolândia, abrigam os povos indígenas da etnia Terena.

NoticiasMS/LD

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\n \n Inseridas na sociedade urbana, as aldeias Tereré, Lagoinha e\n Córrego do Meio, em Sidrolândia,nbsp;abrigam os povos indígenas da etnia\n Terena. Com suas necessidades específicas e modo peculiar de viver, esses\n indígenas agora estão fazendo parte do Programa Nacional de acesso ao Ensino\n Técnico e Emprego, o Pronatec Indígena, uma iniciativa pioneira no Brasil. Mato\n Grosso do Sul é primeiro Estado do País a oferecer esta qualificação destinada\n exclusivamente aos povos indígenas.\n \n Os alunos do programa\n receberam na segunda-feira (4) a visita da coordenadora de Proteção Social\n Básica, Marcia Teresinha Ratti e da chefe de gabinete da Fundação de Trabalho\n de Mato Grosso do Sul (Funtrab), Lirce Cânepa, ambas da Secretaria de Estado de\n Trabalho de Assistência Social (Setas), e também da secretária municipal de\n Assistencia Social de Sidrolândia, Joana Marques. A Setas faz o monitoramento\n do Pronatec Indígena no Estado.\n \n Inicialmente na cidade,\n através do programa, foram oferecidos cursos em três áreas:nbsp;Pedreiro, com 20 vagas; Costureiro\n Industrial, com 20 vagas; e Padeiro com 16 vagas. Segundo o Senai, responsável\n pela execução do curso no município, todas as vagas foram preenchidas, e mesmo\n com a desistência de alguns alunos, a expectativa é a de que nos três cursos o\n índice de formação supere os 50%.\n \n Para Joana Marques,\n secretária municipal, os cursos vêm caminhando bem e correspondem a um desejo\n dos indígenas. “Por se tratar de uma novidade para eles (índios) é normal que\n haja ainda uma fase de observação para que ganhem confiança. Mas de maneira\n geral, a maiorianbsp;se adaptou muito bem e está evoluindo, o que representará\n um ganho para eles e para a cidade também”.nbsp;\n \n Aos 28 anos e mãe de três\n filhos, a terena Vandia Rodrigues não teve dúvida quando soube da oferta de\n qualificação destinada aos indígenas. “Quando soube que nós teríamos a\n oportunidade de fazer um curso, quis logo fazer a minha inscrição no curso de\n padeiro. Para mim vai ser muito bom ter uma profissão. Quero trabalhar e ajudar\n meu marido a sustentar a casa”, revela. Indagada se pensa em parar por aqui,\n Vandia é enfática. “Quero concluir o curso e depois, se vier outros, fazer mais\n e mais”, diz.\n \n Com a mesma linha de\n pensamento, a viúva e mãe de sete filhos, Alaide Gabrielnbsp;(52), afirma que\n a idade não é problema, e que agora seu objetivo é aprender mais. “Estou\n gostando bastante do curso. O professor é muito legal e ensina a gente a fazer\n bolos, tortas e pão. Se não der pra trabalhar na padaria, posso fazer aqui em\n casa e vender pra vizinhaça e na feira. Não quero parar mais.” Alaide apenas\n lamenta por alguns colegas que pararam o curso. “É uma pena que alguns tenham\n parado. Minha vizinha foi pro Paraná e a outra pra Dourados. Esse povo aqui\n gosta de andar”, revela aos risos.\n \n Durante o período de curso os\n alunos indígenas recebem transporte e alimentação, além de certificado ao\n concluírem. A previsão de encerramento dos cursos desta etapa do programa é\n para o início de abril.\n \n \n \n \n
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