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Geral
27/12/2012 09:00:00
Ano de 2012 bateu recordes de temperatura e degelo extremo
O ano começou com um episódio do fenômeno climático La Niña de intensidade moderada, que provocou o resfriamento extremo do clima e continuou com um aumento importante das temperaturas a partir de abril, informou a agência especializada da ONU.

UOL/HJ

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Em\n 2012 ocorreram fenômenos climáticos extremos em todo o mundo, sobretudo\n no hemisfério norte, com grandes ondas de calor e de frio e um degelo \n sem precedentes do gelo ártico, segundo a Organização Meteorológica \n Mundial (OMM). \n \n O ano começou com um episódio do fenômeno climático \n La Niña de intensidade moderada, que provocou o resfriamento extremo do \n clima e continuou com um aumento importante das temperaturas a partir de\n abril, informou a agência especializada da ONU. \n \n Apesar dos fenômenos climáticos El Niño e La Niña, \n que incidiram nas temperaturas, continua "a tendência geral de \n aquecimento global de longo prazo, imputável às mudanças climáticas \n antrópicas", isto é, relacionadas com a ação humana, explicou o \n secretário-geral da OMM, Michel Jarraud. \n \n "Queremos que esta informação seja levada em conta em\n Doha", acrescentou em alusão à conferência que, de segunda-feira até 7 \n de dezembro reúne 190 países para decidir sobre o futuro do Protocolo de\n Kioto e estabelecer as bases de um grande acordo para 2015. \n \n O protocolo de Kioto, assinado em 2007, é o único \n tratado legal que fixa os objetivos cifrados para reduzir a emissão de \n gases causadores de efeito estufa. \n \n Segundo o relatório da OMM, o período 2001-2011 já \n tinha sido o mais quente registrado e a tendência dos primeiros meses \n deste ano apontavam a que "2012 não será uma exceção à regra", indicou a\n organização. \n \n De janeiro a outubro vivemos o período mais quente \n compreendido nestes meses desde que começaram os registros em 1850, \n explicou a agência da ONU, com temperaturas mundiais na superfície do \n oceano e em terra superiores em 0,45 °C à média de 14,2 °C do período \n 1961-1990. \n \n Degelo, furacões e frio Outras consequências do \n aquecimento global são o degelo da calota do Ártico, que em 16 de \n setembro alcançou sua menor extensão anual (3,41 milhões de quilômetros \n quadrados) desde que começaram os registros por satélite. Estes dados \n confirmam os publicados em setembro pelo NSDIC, centro americano \n especializado em gelo e neve. \n \n A calota de gelo do Ártico perdeu, assim, um total de\n 11,83 milhões de quilômetros quadrados entre março e setembro. Além \n disso, a extensão mínima de 2012 foi 49% inferior (cerca de 3,3 milhões \n de quilômetros quadrados, o equivalente à superfície da Índia) na média \n mínima do período 1979-2000. \n \n "A extensão de gelo marinho no Ártico alcançou um \n novo mínimo. A velocidade alarmante com que está ocorrendo o degelo \n nesta região este ano, dando destaque às profundas mudanças que estão \n ocorrendo nos oceanos e na biosfera", disse Jarraud. \n \n Seu veredicto é severo: "as mudanças climáticas estão\n ocorrendo diante dos nossos olhos e continuarão assim como consequência\n da concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, que aumentou de\n forma constante e voltou a alcançar novos recordes".\n \n Em 2012 também foram registrados outros fenômenos \n extremos. Na bacia do Atlântico, por exemplo, a atividade da temporada \n de furacões foi superior à média pelo terceiro ano consecutivo, com 19 \n tempestades, das quais dez alcançaram a categoria de furacões, como foi o\n caso de Sandy, que provocou estragos nos Estados Unidos e no Caribe. \n \n O ano também foi marcado por grandes nevascas e \n temperaturas extremas entre o final de janeiro e meados de fevereiro, \n sobretudo na Rússia e na Europa, com temperaturas que despencaram até - \n 50ºC, um frio que, segundo o secretário-geral da agência da ONU, "pode \n estar relacionado com o degelo no Ártico".\n \n \n
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