\n \n A\n cantora Ivete Sangalo chegou a um acordo com o baterista Antônio da Silva, o\n Toinho Batera, que pedia na Justiça uma indenização de R$ 4,5 milhões da\n empresa que gerencia a carreira da musa do axé music. \n \n O\n baterista desistiu da ação trabalhista, que motivou uma disputa nos bastidores\n da cena musical baiana. Os termos da conciliação são mantidos em segredo. \n \n Tanto\n a Caco de Telha Produções Artísticas, holding que administra a carreira de\n Ivete Sangalo, como o advogado do músico, Willer Tomaz, confirmaram o acordo,\n mas não informaram o valor envolvido na negociação. \n \n Demitido\n por Ivete em 2010, Toinho Batera acusou a Caco de Telha de operar um esquema\n para sonegação fiscal. \n \n No\n processo trabalhista, o músico disse que a Banda do Bem Produções Artísticas\n Ltda., empresa que tem como sócios os músicos que acompanham Ivete, funciona\n como uma espécie de "fachada" para a Caco de Telha não ter de\n recolher encargos dos músicos. \n \n Batera\n também acusou o irmão de Ivete, Jesus Sangalo, de tê-lo agredido após a\n demissão em 2010. Jesus negou. \n \n No\n acordo homologado pela juíza titular da 18ª vara do trabalho de Salvador,\n Lucyenne Veiga, na última segunda-feira (21), foi incluída uma cláusula de\n confidencialidade. \n \n Investigação\n \n \n A\n briga judicial desencadeou, em fevereiro de 2011, uma investigação da Receita\n Federal sobre as empresas da família de Ivete. A holding foi submetida a uma\n auditoria e acabou reestruturada. \n \n Em\n meio à turbulência da disputa, Ivete promoveu uma mudança no controle da Caco\n de Telha, transferindo 90% das cotas da companhia para uma nova empresa de\n participações com objetivo de gerir voz, imagem, marcas e direitos de\n propriedade intelectual, além da adquirir cotas de outras companhias. \n \n No\n ano passado, a Folha revelou que\n o cunhado de cantora Luiz Paulo de Souza Nunes gerenciou simultaneamente tanto\n a firma que administrava os shows da cantora como a Banda do Bem, empresa\n contratada. \n \n No\n curso do processo, a defesa da Caco de Telha refutou as acusações feitas pelo\n baterista sobre a holding operar a Banda do Bem como empresa de fachada para\n sonegar tributos. A defesa da cantora sustentou, na ação trabalhista, que as\n empresas operavam com autonomia.