\n \n A\n mãe de uma menina de 16 anos denuncia que a filha matou o padrasto a facadas em\n Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. O crime teria sido cometido após\n uma discussão, no início de agosto. De acordo com Adriana Cristina da Silva, a\n adolescente já havia matado o próprio irmão, de 17, há três anos, por causa de\n um pudim de leite.\n \n A\n briga entre a menina e o padrasto teria começado, segundo Adriana, após ele\n reclamar que a jovem não ajudava em casa e não tinha feito o jantar. A menina,\n então, teria ido com a mãe para a cozinha. Com a comida pronta, a adolescente\n se serviu primeiro e o padrasto reclamou. Irritada, a enteada jogou o prato no rosto\n dele e, em seguida, o esfaqueou.\n \n A\n vítima, Rogério Barbosa, de 38 anos, deu entrada no Hospital Municipal Pedro 2º\n e foi liberado após ter os ferimentos suturados. Ele morreu no dia seguinte,\n vítima de hemorragia interna, lesão na artéria subclávia e na veia jugular.\n Adriana Cristina reclamou do descaso.\n \n —\n A enfermeira perguntou para o bombeiro e ele falou que era superficial. Que era\n só suturar e mandar para casa. Depois, a médica receitou anti-inflamatório e o\n mandou para casa.\n \n Após\n atacar o padrasto, a menina fugiu. De acordo com a mãe, este é ao menos o\n segundo homicídio cometido por ela.\n \n —\n Dói a gente saber disso. Não sei se é maldade. Não sei se tenho raiva, se tenho\n pena, confunde tudo. Não sei o que pensar.\n \n Ainda\n segundo Adriana, a filha foi internada no Instituto Santos Dumont, na Ilha do\n Governador, após matar o irmão. Dez dias depois, porém, foi liberada sob a\n justificativa de que não apresentava perigo à sociedade. Na última vez que\n recebeu notícias sobre a menina, a mãe ficou sabendo que ela vivia com\n moradores de rua no aterro do Flamengo, zona sul do Rio.\n \n O\n caso foi registrado na Delegacia de Santa Cruz (36ª DP).\n \n \n \n \n