\n \n Uma\n família acusa um hospital de ter demorado a fazer o parto de Bianca da Silva,\n 19 anos, na cidade de Santa Helena Goiás, no sudoeste do estado. Segundo os\n parentes, o bebê morreu logo após a cirurgia de cesariana. A família reuniu uma\n série de documentos com o passo a passo da gestação. Os exames de pré-natal\n foram realizados em um posto de saúde de Santa Helena e indicam que a gravidez\n não teve nenhum problema.\n \n Bianca\n da Silva recebeu alta do hospital na segunda-feira (13). Ainda debilitada, ela\n não se conforma com a morte da filha, logo depois do parto. “Eu escutei só um\n choro. Ela deu só um choro e silenciou. Aí eu vi que alguma coisa estava\n errada. Eu perguntei o que tinha acontecido. Aí, a enfermeira chegou e me falou\n que a minha filha não tinha sobrevivido. O doutor ainda tentou reanimá-la, mas\n não deu”, relata a mãe.\n \n No\n dia 29 de julho, a Bianca foi pela primeira vez ao hospital para ganhar o bebê,\n mas teve de retornar para casa, porque, segundo ela, o médico prorrogou a data.\n Isso teria acontecido outras duas vezes: no dia 31 de julho. Outra ficha de\n encaminhamento foi emitida para o dia 13 de agosto. Antes dessa data, a jovem\n foi levada às pressas para o hospital, já sentindo contrações, e acabou\n perdendo o bebê.\n \n “Ele\n não tratou na hora certa, quando era preciso ter feito o parto dela, que chegou\n passando mal. Ele a mandou para casa. Só passou um remédio para tirar a dor. E\n esse remédio não adiantava, pois ela sentia as dores do parto. Estava na hora,\n passando da hora, já”, denuncia o pai da criança, Wendel Fernandes dos Santos.\n \n O\n atestado de óbito, registrado no cartório de Santa Helena, apontou\n insuficiência respiratória como uma das causas da morte. No documento, o sexo\n do bebê aparece trocado. A bebê que, se chamava Ketlen Vitória Viêira\n Fernandes, já tinha todo o enxoval pronto, na casa da avó. “Estamos muito\n sentidos, muito contrariados. Eu já chorei demais”, contou a avó da menina,\n Luciene da Silva.
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\n Hospital
\n O G1\n entou em contato com o Hospital Municipal de Santa Helena, nesta terça-feira\n (14). Segundo o diretor-técnico da instituição, Adovaldo Marques, a conduta do\n médico foi adequada, não houve negligência. Marques conta que Bianca esteve no\n hospital na segunda-feira (5) da semana passada. Nesse dia, a paciente ainda não\n estava em trabalho de parto e o médico pediu um ultrassom, que não é feito na\n unidade. "A paciente não retornou para apresentar o ultrassom", disse\n o diretor.
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\n De acordo com Adolvaldo Marques, na sexta-feira (10) passada, Bianca retornou\n ao hospital às 6h, sem levar o ultrassom, com dores e três centímetros de\n dilatação. "Ela foi examinada pelo médico, os batimentos cardiofetais\n estavam normais e ela foi internada para aguardar a realização do parto normal.\n Por volta de 8h30, o médico que assumiu o plantão indicou uma cesariana, pois\n não teria havido aumento da dilatação.nbsp; A cirurgia foi realizada por volta\n das 11h. Houve complicações no quadro respiratório da criança, que não resistiu\n e morreu", afirmou o diretor-técnico. O diretor comentou que Bianca estava\n na 41ª primeira semana de gravidez. Ele explicou que uma gestação pode chegar a\n até 42 semanas.\n \n \n \n \n