Sábado, 3 de Maio de 2025
Geral
10/05/2013 10:19:42
Bolivianos e paraguaios são explorados ao trabalhar em MS, diz procurador
A questão da exploração da mão-de-obra paraguaia e boliviana em Mato Grosso do Sul voltou à tona em fórum realizado em Campo Grande.

Midiamax/LD

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\n \n A questão da exploração da mão-de-obra paraguaia e boliviana em\n Mato Grosso do Sul voltou à tona em fórum realizado em Campo Grande. O\n procurador do trabalho Cícero Pereira afirmou que a prática ainda é comum\n principalmente em carvoarias existentes na região de fronteira do Estado com os\n dois países, assim como nas indústrias de açúcar e álcool. Pereira acrescentou,\n ainda, que os trabalhadores são trazidos à força para trabalhar no Brasil. \n \n Para Pereira, a exploração dos trabalhadores acontece por causa da\n falta de fiscalização. “Devido à grande extensão de terras no Estado, fica\n muito difícil uma cobertura eficaz da fiscalização. Além disso, faltam fiscais\n para atender o Ministério Público do Trabalho (MPT)”, disse Pereira, que é\n membro da Procuradoria Regional do Trabalho do MPT-MS. \n \n Segundo o procurador, as irregularidades acontecem em inúmeras\n empresas do Estado. Uma delas, cujo nome Pereira preferiu não citar, presta\n serviços na área de construção civil para o PAC (Programa de Aceleração do\n Crescimento), do governo federal. O MPT já registrou 77 autos de infração\n contra a construtora. \n \n Doenças ocasionadas por trabalhos\n repetitivos também foram tema de debate \n \n Apesar de não configurar trabalho escravo ou exploração, o\n problema das doenças ocupacionais também chamou atenção durante os debates. A\n falta de infraestrutura nas indústrias e comércio facilita o aumento dos casos\n de LER (Lesão por Esforço Repetitivo), disse o médico sanitarista e consultor\n em saúde do trabalhador, Roberto Ruiz. \n \n Segundo ele, a tendinite e transtornos psíquicos lideram o\n afastamento de empregados da indústria. “A estimativa é de que hoje, no setor\n industrial brasileiro, e aqui em Mato Grosso do Sul não deve ser diferente, é\n de que 20% dos trabalhadores estão doentes”, afirmou. \n \n Os temas foram discutidos durante o 7º Fórum Sindical Sul, que\n começou ontem (9) em Campo Grande, e se encerra na manhã de hoje. Participam\n lideranças sindicais (sindicatos e federações) dos trabalhadores nas indústrias\n dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. \n \n \n \n \n
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