Sábado, 3 de Maio de 2025
Geral
29/12/2012 07:38:45
Carrefour paga R$ 100 mil a ex-funcionária chamada de "macaca"
Ela alegou que um diretor da empresa chegou a chamá-la de "macaca" na presença de outros empregados.

Terra/HJ

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\n \n O Carrefour foi condenado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST)\n a pagar R$ 100 mil de indenização por dano moral a uma ex-funcionária que teria\n sofrido discriminação racial, tratamento grosseiro e excesso de trabalho, de\n acordo com informações da assessoria de imprensa do tribunal. Ela alegou que um\n diretor da empresa chegou a chamá-la de "macaca" na presença de outros\n empregados. \n \n Segundo o processo, a funcionária comprovou que sofreu assédio\n moral durante 14 anos e, por isso, acabou sendo vítima da síndrome de\n esgotamento profissional, além de ter ficado incapacitada por três anos. A\n ex-funcionária foi contratada em 1994 para trabalhar como chefe de seção no\n Carrefour Sul, em Brasília, e acabou recebendo outras atribuições\n cumulativamente, exercendo também as funções de chefe de seção, gerente de\n caixa e secretária de diretor. Ela disse que sofreu assédio moral causado por\n "terror psicológico", com pressões intimidadoras, constrangedoras e\n humilhantes. \n \n A partir de janeiro de 2006, ela teria desenvolvido quadro\n depressivo, insônia, ansiedade, dentre outros males psicológicos, tendo que se\n afastar por licença médica. Por não aguentar a pressão, a trabalhadora pediu\n desligamento da empresa em dezembro de 2010, segundo a assessoria. \n \n A empresa foi condenada ao pagamento de R$ 100 mil pela 18ª Vara\n do Trabalho de Brasília, mas após recurso o valor foi reduzido para R$ 12 mil\n pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO). Após novo recurso ao\n TST, o ministro relator do processo, Aloysio Corrêa da Veiga, considerou que a\n decisão regional não respeitou o princípio da proporcionalidade ou o caráter\n pedagógico da medida e voltou a aumentar o valor da indenização (R$ 100 mil). \n \n Conforme o ministro, com a condenação ele espera que a empresa\n adote medidas para não deixar o trabalhador desprotegido em relação a\n superiores hierárquicos que adotam comportamentos indignos em relação aos\n empregados, especialmente mulheres. Procurado, em nota o Carrefour afirmou que\n não se pronuncia sobre processos que estão em tramitação no judiciário, mas\n "reforça que tem o firme compromisso de atuar de acordo com as diretrizes\n de seu Código de Conduta para os Negócios, que repudia toda e qualquer atitude\n de preconceito e prioriza o respeito à ética e à lei".\n \n "Para conscientizar, ainda mais, seus colaboradores e\n assegurar o respeito a estes princípios, o Carrefour realizou este ano a\n formação de mais de 50 mil funcionários com o tema "Valorização da\n Diversidade", que integra uma grande campanha de comunicação interna "Diversidade é a Nossa Cara". A companhia também realiza ações sociais em\n parceria com entidades que promovem a igualdade racial, como a Faculdade Zumbi\n dos Palmares e o FROMPIR - Fórum Regional Oeste Metropolitano de Promoção da\n Igualdade Racial, apoiando a formação de jovens para o mercado de trabalho.\n Para coordenar estas ações, conta com uma divisão responsável por conduzir os\n temas voltados à Diversidade", completa a nota. nbsp;\n \n nbsp;\n \n \n \n \n
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