\n \n A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência\n Doméstica e Familiar em parceria com a Subsecretaria da Mulher e da Promoção da\n Cidadania lançou na manhã desta sexta-feira (4), em Campo Grande, a campanha\n “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – a Lei é mais forte”. \n \n O último levantamento feito pelo Governo Federal aponta que o Estado\n é o 5º no ranking nacional de violência contra a mulher, com seis mortes para\n cada 100 mil habitantes. \n \n A campanha tem por objetivo mobilizar e sensibilizar os operadores\n do Direito e a sociedade em geral para a compreensão do movimento e a\n importância do enfrentamento à violência doméstica contra as mulheres. \n \n Mato Grosso do Sul representa a região Centro-Oeste numa série de\n lançamentos regionais que já foram realizados no Espírito Santo - representando\n a região Sudeste; Alagoas, na região Nordeste e o Pará – região Norte. \n \n O evento contou com a participação da Secretaria de Políticas para\n as Mulheres, do Ministério da Justiça, o Colégio Permanente dos Presidentes dos\n Tribunais de Justiça, do Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional dos\n Procuradores Gerais de Justiça, o Conselho Nacional de Defensores Públicos\n Gerais e o Conselho Nacional do Ministério Público, parceiros em âmbito\n nacional. \n \n A diretora de enfrentamento da violência da Presidência da\n República - Ana Tereza Iamarino explicou que a campanha age como instrumento\n para agregar os órgãos operadores do Direito na violência contra a mulher. \n \n “Procuramos dar uma resposta qualificada com a criação de uma rede\n de atendimento às mulheres que abranja casas de abrigo e serviços de justiça\n unindo a Defensoria Pública, as delegacias e promotoria.”. \n \n Para o desembargador Des. Ruy Celso Barbosa Florence – Coordenador\n da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e\n Familiar e Diretor da Escola Judicial de MS (Ejud-MS), Mato Grosso do Sul foi\n incluído pelo grande número de assassinatos de mulheres relativos à violência\n doméstica. \n \n “Quase 90% da população tem conhecimento da lei Maria da Penha. O\n estudo tem uma rede vigorosa de atendimento e o número de casos foi reduzido\n pela metade este ano.”. \n \n Para 2013, o desembargador antecipa que serão realizadas parcerias\n para a conscientização das crianças em idade escolar, de forma a ampliar o\n número de denúncias de violência contra a mulher. \n \n “Em 2012 foram registrados 11 mil processos no MS, sendo seis mil\n apenas em Campo Grande. O interior ainda é carente desta conscientização.\n Existem cidades em que não há qualquer processo, pois as mulheres ainda têm\n medo.” \n \n Segundo a titular da Subsecretaria da Mulher e da Promoção da\n Cidadania, Tai Loschi, independente da existência da Delegacia da Mulher no\n município, qualquer delegacia pode encaminhar a denúncia e que a criação de\n novas delegacias e o ampliamento do horário de atendimento depende da\n realização de concurso público para aumentar o número de profissionais. \n \n “O projeto está na sua segunda etapa, o medo é com relação aos\n municípios onde não há denuncias. O governo tem capacitado os policiais com a\n realização de seminários e conferências de forma a sintonizar a rede.”. \n \n O evento, que faz parte do cronograma da campanha internacional\n “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, acontece em 159\n países e tem quatro datas-marco: 25 de novembro – Dia Internacional da\n Não-Violência contra as Mulheres; 1º de Dezembro – Dia Mundial de Combate à\n Aids; 6 de Dezembro – Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher, Campanha\n Laço Branco e 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos. \n \n \n \n \n