\n \n Em reunião nesta terça-feira (24), a CPI (Comissão Parlamentar de\n Inquérito) da Espionagem no Senado aprovou a realização de uma série de\n audiências públicas. Entre os convidados a serem ouvidos pelos senadores em\n reuniões com datas ainda a serem marcadas estão representantes de companhias\n telefônicas, como Telefônica, GVT, Oi e TIM, e gigantes da internet como\n Google, Facebook e Microsoft. \n \n A CPI está investigando as denúncias de monitoramento de e-mails e\n telefonemas pelos Estados Unidos no Brasil. Para isso, quer saber se houve\n participação de empresas e como as interceptações foram feitas. \n \n Documentos\n \n Os parlamentares aprovaram ainda requerimento do senador Roberto\n Requião (PMDB-PR), pedindo à Polícia Civil do Rio de Janeiro e à Polícia\n Federal cópias dos inquéritos destinados a apurar o furto de dois computadores\n portáteis da Petrobras ocorrido no início de 2008. \n \n O parlamentar disse que a divulgação do escândalo da espionagem\n norte-americana relativa a dados sigilosos da Petrobrás faz lembrar "o\n estranho e não explicado" furto dos computadores da empresa. \n \n Para ele, existe grande probabilidade de que os dois fatos estejam\n vinculados, visto que os computadores continham dados sigilosos sobre a capacidade\n produtiva de campos petrolíferos do pré-sal e, além disso, o transporte de tais\n equipamentos era feito por empresa estrangeira sediada nos Estados Unidos. \n \n A CPI da Espionagem foi instalada em 3 de setembro, com a missão\n de investigar as denúncias de que a agência de segurança americana (NSA, na\n sigla em inglês) monitorou dados do governo brasileiro e da Petrobras. A\n espionagem teria chegado à presidente Dilma Rousseff e a seus assessores\n diretos. \n \n Composta de 11 senadores titulares e sete suplentes, a comissão é\n presidida pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e tem como\n vice-presidente o senador Pedro Taques. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) é o\n relator dos trabalhos. \n \n \n \n \n