A CPI da Saúde da Assembleia decidiu \n prorrogar os trabalhos que estavam marcados para se encerrar amanhã (23)\n em função de fatos e documentos novos relacionados ao sistema Gisa \n (Gerenciamento de Informações em Saúde), que foi contratado pela \n prefeitura de Campo Grande pelo valor de R$ 10 milhões para fazer o \n agendamento de consultas por telefone.O deputado estadual \n Amarildo Cruz (PT), presidente da CPI, destacou que o relatório final da\n comissão já estava pronto e seria apresentado pelo deputado Junior \n Mochi (PMDB), no entanto estes fatos novos terão que ser analisados com \n mais critério.“Vamos definir em reunião quantos dias pediremos de\n prorrogação, nós sabemos que esta contratação precisa de uma análise \n mais apurada para que o relatório seja completo”. Amarildo destacou que \n novas convocações podem ser feitas, mas que o conteúdo que eles têm \n disponível é “robusto” e suficiente.“Temos que ir mais a fundo \n neste assunto, pois um sistema que não funciona de forma satisfatória, \n além de aparecer questões sérias que precisam ser esclarecidas, não \n vamos fazer uma caça as bruxas, mas a população precisa saber o que \n aconteceu”, afirmou o presidente da CPI.Relatório –\n A CPI da Assembleia irá enviar o relatório final ao Ministério da \n Saúde, MPE (Ministério Público Estadual), Tribunal de Justiça e Governo \n estadual. “Não iremos apenas citar quais foram às irregularidades e sim \n apontar soluções para o setor da saúde no nosso Estado”.Discurso –\n Amarildo fez questão de ir a tribuna da Assembleia destacar que após o \n depoimento do deputado federal e ex-secretário municipal de saúde, Luiz \n Henrique Mandetta (DEM), ele ficou com mais dúvidas sobre a contratação \n da empresa Telemídia.“Esta empresa não tinha histórico e nem \n referencia de trabalho, porque foi escolhida? Não existe perseguição a \n ninguém, mas no contrato estabelecia que a empresa iria disponibilizar o\n sistema para que fosse alterado pela prefeitura, mas não foi feito”, \n disse Amarildo.Junior Mochi, relator da CPI, ponderou que todos \n os dados e informações levantadas estarão no relatório final e que \n caberá as autoridades competentes tomar os desdobramentos cabíveis. “Não\n cabe a nós fazer o julgamento, antecipar os fatos ou fazer qualquer \n presunção, a justiça irá responsabilizar quem tiver cometido \n irregularidade”.