\n O Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) realizou pela primeira vez em Mato Grosso do Sul uma cirurgia bem sucedida para reconstituição de fratura em um macaco prego. O procedimento foi feito no dia 10 de janeiro e divulgado hoje (23), quando os veterinários já puderam observar a boa recuperação do animal. O macaco é um filhote, pesando cerca de 1,2 quilos, que os veterinários acreditam não ter mais que seis meses de idade. Ele foi atropelado por uma motocicleta na região urbana de Campo Grande, nas proximidades do bairro Santo Eugênio, no dia 8, e sofreu fratura exposta do fêmur na pata direita. Levado ao Cras pela PMA, o animal passou por uma série de procedimentos preparatórios para a cirurgia, feita dois dias depois. O procedimento foi realizado pela equipe do Centro, com apoio de médicos veterinários autônomos colaboradores e da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. “Fizemos a cirurgia para redução de fratura, colocação de pinos cruzados e a reconstituição do ligamento cruzado, além da recolocação de patela”, detalha o coordenador da equipe que fez o trabalho, o médico veterinário do Cras Álvaro Cavalcanti. O filhote foi sedado com anestesia inalatória. Álvaro Cavalcanti destaca que foi a primeira vez que uma cirurgia deste tipo foi bem sucedida no estado. Muito deste resultado pode ser atribuído aos cuidados adotados antes e logo após o procedimento operatório, e que envolveram tempo prolongado de administração de antibiótico e cuidados que garantiram o animal sem dor, facilitando, por exemplo, a disposição de se alimentar. Uma das fotografias tiradas pela equipe mostra o pequeno macaco prego já em pé e se alimentando, duas horas após ter sido submetido à cirurgia. O médico veterinário estima um período de aproximadamente 60 dias para a completa recuperação do animal. Após esse tempo, ele será reintroduzido à natureza. Existe informação de que na região ondenbsp;o filhotenbsp;foi atropelado existe um grupo de macacos-prego que vive numa mata. A equipe do Cras deve ir ao local avaliar se é viável devolver o filhote ao grupo e, se não for possível, ele poderá ser solto em outra localidade rural. \n \n