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05/03/2013 09:00:00
Crianças participam de 80% das decisões de compra da família
Os dados foram apresentados hoje (5) na abertura dos seminários Infância e Comunicação: Marcos Legais e Políticas Públicas, na Câmara dos Deputados

Agência Brasil/AB

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\n \n As\n crianças chegam a participar de 80% das decisões de compra em uma família - do\n vestido da mãe ao carro, apontam dados estatísticos do Instituto Alana,\n organização sem fins lucrativos voltado ao direito das crianças e dos\n adolescentes. Levantamento do instituto indica que, em 60% das compras de\n automóveis, por exemplo, as crianças são consultadas. Os dados foram\n apresentados hoje (5) na abertura dos seminários Infância e Comunicação: Marcos\n Legais e Políticas Públicas, na Câmara dos Deputados.nbsp;"Daí a importância\n desse público ser visto como influenciador e promotor de vendas", explicou\n o advogado da área de Defesa do Instituto Alana, Pedro Hartung. Ao longo do\n dia, três meses de debate ainda vão discutir classificação indicativa e\n proteção da imagem da criança e do adolescente na mídia na Câmara.\n \n Desde\n o dia 1º de março, estão proibidas ações de merchandising (publicidade indireta\n inserida em programas, com a exposição de produtos) dirigidas ao público\n infantil em programas criados ou produzidos especificamente para crianças em\n qualquer veículo. Há 12 anos, tramita no Congresso o Projeto de Lei 5.921/2001\n sobre publicidade e comunicação dirigidas a esse público.nbsp;Segundo uma\n pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a criança e o adolescente brasileiros\n (entre 0 e 17 anos) passam, em média, cerca de 5h17 em frente à televisão. Para\n a a diretora associada do Centro de Mídia Infantil Judge Baker, nos Estados\n Unidos, e autora do livro Criança do Consumo, Susan Linn, o marketing\n infanto-juvenil é um negócio lucrativo. Ela informou que, nos Estados Unidos,\n são gastos mais de U$ 17 bilhões anualmente.\n \n "Pesquisas\n mostram que a comercialização da vida das crianças é um fator que contribui\n para a epidemia da obesidade, a violência entre adolescentes, a sexualidade\n precoce e o estresse familiar. Além disso, faz que haja a erosão de\n brincadeiras que envolvem a criatividade, importantes para o desenvolvimento do\n cérebro, o fundamento do pensamento crítico, do aprendizado e da\n disciplina", disse Susan.nbsp;De acordo com a pesquisadora, crianças\n norte-americanas de menos de 2 anos chegam a gastar, em média, duas horas por\n dia na frente de uma tela - assistindo televisão ou a vídeos na internet.\n Segundo ela, a incidência de horas é ainda mais alta entre crianças de famílias\n de baixa renda. A diretora defende que o Poder Público empenhe esforços para\n impor limites ao tempo que as crianças gastam assistindo televisão.nbsp;\n \n Para\n a representante da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério\n da Justiça, Juliana Pereira da Silva, a criança e o adolescente são\n considerados consumidores por equiparação, de acordo com o Código de Defesa do\n Consumidor (CDC), com a diferença de serem mais vulneráveis. nbsp;"Diante\n de um serviço ou produto, as pessoas são vulneráveis. Isso não tem a ver com a\n capacidade de discernimento. A violação desses direitos pode ser dar em uma\n situação que foge ao controle do consumidor ou no caso de um produto que não\n funciona, por exemplo. Se o adulto é vulnerável, a criança é mais ainda",\n explicou Juliana.nbsp;\n \n nbsp;\n \n \n \n \n
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