Uma parceira dos governos Estadual e Federal\n promete trazer, até junho de 2014, a construção da “Casa da Mulher Brasileira”\n em Campo Grande, que prevê o funcionamento de uma delegacia especializada em\n atendimento a mulher, com funcionamento de 24h. A ação faz parte do projeto\n Mulher: Viver sem Violência, o qual ainda terá 2 unidades móveis para percorrer\n quilombolas, assentamentos, comunidades indígenas e locais afastados.\n \n Em ônibus equipados, as vítimas poderão tomar\n conhecimento com a relação às investigações, podendo saber como estão os casos\n na Justiça e dessa maneira, fazendo cumprir a Lei Maria da Penha. Elas ainda\n podem participar de ações de prevenção para a mulher, por meio de palestras.\n \n Ao mesmo tempo, o projeto prevê a construção da\n Casa da Mulher, que será localizada na rua Teresina com a rua Brasília, no\n Jardim Imá. O local, de 12 mil m² e investimento de 3,4 milhões, terá a\n delegacia 24h, um centro de convivência, alojamento temporário de até quatro\n dias, além de serviços para atendimento psicossocial, cursos de qualificação\n profissional e encaminhamento ao mercado de trabalho.\n \n Secretaria de políticas para as mulheres do\n Governo Federal, a ministra Eleonora Menicucci diz que o convênio ainda\n beneficia as prefeituras de Ponta Porã e Corumbá. Já a subsecretária da mulher,\n Tai Loschi, ressalta que os ônibus serão muito importantes para as mulheres\n indígenas e negras em Mato Grosso do Sul, já que elas “estão desassistidas”.\n \n “No Estado, 27 municípios já tem organismos\n específicos para as mulheres, que alcançam as 75 aldeias indígenas e 21\n unidades quilombolas. Na fronteira, porém, é preciso ter muita prioridade com\n relação ao tráfico de mulheres”, avalia Loschi.\n \n Já o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte (PT), falou que várias presidentes mulheres, tanto na\n Amércia do Sul quanto na Europa, estão provando a participação importante deste\n público. “Elas já fazem parte de 65% do 1° escalão. Aqui, o centro de\n atendimento será muito importante para melhores condições de trabalho das\n delegadas”, comenta.\n \n Na Capital, o foco será a violência contra a\n mulher, sendo que no interior será o tráfico de mulheres, conforme a ministra.\n “É algo inédito e que precisa do apoio dos estados municípios e do Poder\n Judiciário, contabilizando 26 casas em todo o país”, fala a ministra.\n \n O investimento é de R$ 305 milhões, sendo R$ 116\n milhões para as casas, R$ 25 milhões para a central 180 de denúncia, R$ 100\n milhões gasto em campanhas e R$ 34 milhões para unidades móveis, sendo\n custeadas, nos dois primeiros anos, para o Governo Federal.\n \n Segundo a vice-governadora Simone Tebet (PMDB),\n as mulheres vão entrar com a cabeça baixa e sair de cabeça erguida.\n “Valorizamos muito o público feminino tanto, que a maioria das secretárias na\n nossa gestão são mulheres”, finaliza.