\n \n Empresa que despejou óleo “queimado” de veículos na rede de água\n pluvial terá que desembolsar cerca de R$ 7 mil para recuperar a área degradada.\n Ao todo, 10 toneladas de lama e óleo foram retirados da extensão da rede de\n água das chuvas que cai diretamente no córrego Paragem de Dourados.\n \n A infração foi detectada por fiscais do Instituto do Meio Ambiente\n de Dourados. Segundo a pasta, o vazamento tinha origem na caixa de decantação\n da retífica de motores naquelas proximidades e já durava seis meses. Este é o\n período da falta de manutenção na caixa que já não separava o óleo da água.\n \n Além do óleo, a empresa terá que tirar a terra que está\n contaminada com a substância química. A empresa ainda foi notificada a\n apresentar o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prad) desenvolvida por\n um engenheiro ambiental. Para localizar a poluidora, o Imam esteve no local\n realizando “arrastão”. A preocupação é que a poucos quilômetros dali as águas\n do córrego Paragem sofrem com o alto grau de poluição.\n \n A água está escura, tomada por óleo e espuma. O Ministério Público\n Estadual acompanha o caso. O fiscal do Imam, Marcos Antônio de Brito, acredita\n que somente na última terça-feira, quando houve o flagrante registrado por O\n Progresso, no mínimo, 10 litros de óleo estavam numa pequena extensão de rede a\n céu aberto. No entanto, constatou que havia manchas de óleo sobrepostas às\n lâminas de sujeira encontradas esta semana o que gera indícios de que a\n substância já passou pela tubulação em dias anteriores.\n \n Segundo ele, só este ano mais de 100 empresas entre postos de\n combustível e lava rápidos foram notificados a requerer a licença ambiental. A\n maioria já se adequou às leis ambientais, que coíbem as agressões ao meio\n ambiente.\n \n Pesquisa da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems)\n apontou recentemente que 90% dos córregos de Dourados estão poluídos. São\n vários tipos de resíduos que começam a causar morte de alguns tipos de peixe,\n como Dourado, um dos símbolos da cidade. Entre 30 espécies pesquisadas, apenas\n 30% resistem à degradação ambiental, por terem capacidade de absorver oxigênio\n a partir do ar, realizando a troca gasosa no intestino.\n \n O restante das espécies está desaparecendo. Segundo a pesquisa, as\n maiores causas da poluição estão associadas ao despejo de esgoto in natura\n clandestino em rios e mananciais, além do acúmulo de lixo que produz\n substâncias tóxicas à vida aquática. Conforme o professor, foram 12 meses de\n pesquisa. Ele diz que o córrego com maior volume de poluição é o Rego Dágua,\n contaminado com resíduos de esgoto. O mesmo acontece com o córrego Paragem. \n \n \n \n \n