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Geral
08/07/2013 10:29:28
Grupo avaliará situação de antigos hospitais-colônia para portadores de hanseníase
O Ministério da Saúde instituiu um grupo de trabalho com o objetivo de elaborar propostas de readequação dos antigos hospitais-colônia ao funcionamento e organização do Sistema Único de Saúde (SUS) nas áreas de vigilância, assistência hospitalar e atenção básica.

Agência Brasil/LD

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\n \n O Ministério da Saúde instituiu um grupo de trabalho com o\n objetivo de elaborar propostas de readequação dos antigos hospitais-colônia ao\n funcionamento e organização do Sistema Único de Saúde (SUS) nas áreas de\n vigilância, assistência hospitalar e atenção básica. A portaria, com a decisão,\n foi publicada na edição de hoje (8), do Diário Oficial da União. \n \n De acordo com o documento, o grupo será formado por representantes\n da pasta, do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase,\n do Conselho Nacional de Secretários de Saúde e do Conselho Nacional de\n Secretarias Municipais de Saúde. Em um prazo de um ano, o grupo de trabalho\n deverá elaborar um documento técnico com o diagnóstico da estrutura e do\n funcionamento dos antigos hospitais-colônia e a situação de saúde dos usuários,\n internados, asilados e moradores. \n \n O relatório também deverá conter propostas para reorganizar e\n qualificar o funcionamento das unidades, além de medidas para adaptá-las aos\n parâmetros do SUS. O prazo para elaboração do documento poderá ser prorrogado,\n conforme a necessidade. Nesse período, deverão ser apresentados ao ministério\n relatórios trimestrais de acompanhamento e avaliação. \n \n Preocupado com a necessidade de prover o atendimento integral à\n saúde e a integração à comunidade das pessoas com hanseníase que foram\n internadas compulsoriamente em hospitais-colônia, o Ministério da Saúde criou,\n em março deste ano, o Programa Academia da Saúde. A iniciativa prevê oferta de\n atividade física, educação alimentar, teatro, música, pintura e artesanato,\n entre outras. \n \n No Brasil, até a década de 1980, a Lei Federal nº 610 de 13 de\n janeiro de 1949 recomendava o isolamento compulsório em colônias dos pacientes\n portadores da hanseníase, chamadas na época de leprosários. A situação perdurou\n até 1986, quando os antigos hospitais-colônias foram transformados em hospitais\n gerais. \n \n A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica que atinge,\n principalmente, a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto,\n orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas\n varia de dois a cinco anos. Se for diagnosticada precocemente, o tratamento e a\n cura podem chegar a mais de 80% dos casos. Em função do potencial\n incapacitante, a doença é de notificação compulsória em todo o território\n nacional. \n \n Dados do Ministério da Saúde indicam que, em 2012, foram registrados\n quase 29 mil casos no país, dos quais 1.936 em menores de 15 anos. A meta da\n pasta é que, até 2015, haja menos de um caso de hanseníase para cada grupo de\n 10 mil habitantes. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país são as que\n apresentam a maior incidência da doença. \n \n \n \n \n
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