Geral
20/07/2013 10:48:23
Jornada de trabalho prolongada de motoristas duplica risco de acidentes de trânsito
Um motorista profissional que trabalha mais de 12 horas por dia dobra as chances de se envolver em um acidente.
Agência Brasil/AB
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\n \n Um\n motorista profissional que trabalha mais de 12 horas por dia dobra as chances\n de se envolver em um acidente. Acima de 14 horas de jornada de trabalho, o\n risco de acidente triplica, segundo o diretor do Centro de Estudos\n Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes (Cemsa), Marco Túlio de Mello.\n \n A\n questão não está só relacionada ao tempo de descanso, mas principalmente a\n quanto é o tempo da jornada de trabalho, acima de 12 horas, não dá para ter\n hora extra, pois o risco aumenta. O que a gente mais observa é que o tempo de\n descanso de motoristas de ônibus às vezes não é adequado, diz o especialista.\n Segundo ele, um motorista que fica mais de 19 horas acordado sente os mesmos\n efeitos de dirigir embriagado.\n \n O\n especialista alerta que o sono inadequado também é um risco para os motoristas\n profissionais. Segundo ele, a maioria deles tem algum distúrbio do sono que\n contribui para que o descanso não seja de qualidade. Quando o motorista não\n tem um sono eficiente, ou por distúrbio do sono ou porque dormiu pouco ou\n porque dormiu picado e não consegue descansar durante o período todo,\n reflexo, atenção, concentração, processo decisório, maior sonolência [são\n comprometidos].\n \n O\n professor considera que a Lei 12.619/2012, que estabelece regras de descanso\n para motoristas profissionais, exigindo por exemplo descanso mínimo de 11 horas\n por dia, contribui para melhorar as condições dos trabalhadores. Mas ele diz\n que ainda falta um trabalho de conscientização com os próprios motoristas para\n evitar jornadas de trabalho excessivas.\n \n Já\n o diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) Dirceu\n Rodrigues Alves Jr considera a legislação absurda. Ele defende que o descanso\n do motorista deve ser maior do que prevê a lei e que o profissional não fique\n mais de seis horas por dia na direção do veículo para não comprometer funções\n importantes: atenção, concentração, agilidade mental, raciocínio, vigília,\n função motora, sensibilidade tátil, visão e audição.
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