\n \n Juízes\n federais de Mato Grosso do Sul e de todo o País cruzam os braços por dois dias\n a partir desta quarta-feira e também não participam da Semana da Conciliação\n que vai até dia 14. A paralisação é em protesto as perdas salariais e falta de\n progressão funcional. Os magistrados pedem 28,86% de reajuste.\n \n Representante\n da Ajufe (Associação dos Juízes Federais) no Estado, a juíza federal Raquel\n Domingues Corniglion explica que o reajuste reivindicado representa um terço do\n salário e que os juízes não recebem por plantão realizado e nem por acúmulo de\n função. “Por exemplo: o juiz da Vara Criminal que responde também pela Execução\n Penal não recebe pela Execução Penal. Se é diretor do Fórum, não recebe por\n isso”, diz. “É trabalho gratuito”, resume.\n \n A\n magistrada diz também que a classe reivindica plano de progressão funcional.\n “Nós não temos”, diz. “Um juiz substituto que entrou ontem, recebe praticamente\n a mesma coisa que um juiz prestes a se aposentar. A diferença é de R$ 600, R$\n 700”.\n \n Para Raquel, a situação mais grave foi o\n não encaminhamento ao Senado da proposta de reajuste aos juízes federais para\n este ano. De acordo com ela, a presidenta Dilma Roussef (PT) não mandou o\n projeto para avaliação dos senadores no fim do ano passado. “É uma afronta não\n só a nossa carreira, mas ao Estado democrático de Direito”.\n \n Leonardo\n Ely, juiz trabalhista presidente da Amatra (Associação dos Magistrados\n Trabalhistas) da 24ª Região, explica que desde 2005 os magistrados recebem em\n parcela única o valor referente as perdas inflacionais.\n \n De\n acordo com ele, naquele ano ficou estabelecido que seria feita revisão anual do\n subsídio “mas isso não tem sido cumprido”, diz. “Houve única revisão em 2009,\n de 9%”.\n \n Dos\n 94 juízes servidores da União no Estado, 30 são da Justiça Federal e 64 da\n Justiça Trabalhista.\n \n \n \n \n