\n \n Postar fotos do ambiente de trabalho nas redes sociais pode resultar em\n demissão por justa causa, segundo decidiu o Tribunal Superior do Trabalho\n (TST). A decisão é do final de abril, mas foi divulgada apenas hoje (12) pela\n corte trabalhista.\n \n A Segunda Turma do TST analisou o caso de uma enfermeira que foi demitida do\n Hospital Prontolinda, em Olinda (PE), depois de publicar no Orkut fotos da\n equipe trabalhando na unidade de terapia intensiva (UTI). A profissional alegou\n que foi discriminada, pois não foi a única a divulgar as fotos, e pedia a\n descaracterização da justa causa. Também cobrava o pagamento de dano moral pelo\n constrangimento causado com a demissão.\n \n Já o hospital argumentou que as fotos motivaram comentários de mau gosto na\n rede social, expondo a intimidade de outros funcionários e de pacientes sem\n autorização. Além disso, afirmou que a imagem do hospital foi associada a\n “brincadeiras de baixo nível, não condizentes com o local onde foram\n batidas".\n \n A profissional venceu na primeira instância, que reverteu a justa causa e\n reconheceu os danos morais, condenando o hospital a pagar R$ 63 mil. O juiz da\n 3ª Vara do Trabalho de Olinda entendeu que as fotos mostravam “o espírito de\n confraternização, de amizade, união e carinho entre os funcionários".\n \n A decisão foi revista pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE),\n que concordou com os argumentos do hospital e confirmou a demissão por justa\n causa. Na decisão, a corte falou sobre a inadequação das imagens, citando, como\n exemplo, uma foto que mostrava “uma das enfermeiras semiagachada e uma mão\n supostamente tentando apalpá-la”.\n \n A profissional acionou o TST, mas a Segunda Turma negou o pedido por\n unanimidade.