Geral
07/12/2012 09:00:00
Laboratório britânico confirma que não houve caso de vaca louca no Brasil
Análise de um laboratório britânico confirmaram que são infundadas as suspeitas de que a morte de uma vaca, em 2010, no município de Sertanópolis (PR), tenha sido em decorrência da doença da vaca louca.
Agência Brasil/LD
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\n \n Análise de um laboratório britânico confirmaram que são infundadas\n as suspeitas de que a morte de uma vaca, em 2010, no município de Sertanópolis\n (PR), tenha sido em decorrência da doença da vaca louca. Apesar de confirmada a\n presença da proteína EEB, conhecida por príon, que pode ou não causar a\n vaca louca, o animal paranaense não desenvolveu a doença. O resultado da\n análise foi anunciado hoje (7) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e\n Abastecimento. \n \n Nós asseguramos que a vaca não morreu dessa doença. Provavelmente\n foi pela idade avançada em que ela se encontrava [13 anos], disse o diretor do\n Departamento de Saúde Animal do ministério, Guilherme Marques. Tudo indica que\n essa proteína encontrada pelos exames foi causada por uma mutação aleatória, a\n exemplo do que ocorreu em diversos outros países [Estados Unidos, Canadá,\n Japão, Portugal e Inglaterra], acrescentou. \n \n Identificada na década de 1980 na Inglaterra, a vaca louca é\n neurodegenerativa. A doença se espalhou pelo país após o uso de ração para gado\n produzida a partir de bovinos que portavam a proteína. Mas, segundo os técnicos\n do ministério, em muitos casos a presença da proteína príon não resulta na\n doença, passando o caso a ser identificado como não clássico. \n \n O Brasil possui a melhor classificação possível feita por\n entidades internacionais, em relação à doença da vaca louca: país de risco\n insignificante. Como a possibilidade de ocorrências de mutação da proteína\n existe, e de forma aleatória, nenhum país é considerado livre da doença. \n \n O Brasil seguiu, de imediato, todos os procedimentos preventivos,\n acionando o serviço oficial [autoridades de saúde animal], e no dia seguinte\n [ao óbito] chegamos ao local. O animal foi enterrado sem entrar na cadeia\n alimentar. Isso tudo mostra a importância dos procedimentos e das medidas de\n mitigação, explicou Guilherme Marques. \n \n Segundo ele, todos os protocolos internacionais foram seguidos:\n investigações internas [exames clínicos e epidemiológicos em campo, exames em\n níveis estadual e federal, no próprio país]; e envio a laboratórios\n internacionais, nos casos em que pairem dúvidas. Como foram obtidos resultados\n divergentes (positivos e negativos) relativos à presença da proteína, o Brasil\n encaminhou para análise do laboratório considerado o melhor equipado para a\n identificação da doença, o Animal Health and Veterinary laboratories Agency, na\n Inglaterra. \n \n O secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, disse que o\n país está preparado para questionar quaisquer tipos de restrição à carne\n brasileira. Nosso sistema é de criação em pasto. As regras internacionais são\n claras. Não temos a doença e, como tal, se algum país criar alguma restrição, vamos\n usar os canais corretos para dar explicações e, depois, usando o acordo sobre\n aplicação de medidas sanitárias de Genebra, fazer as reclamações e se for o\n caso, levar a um painel, disse. \n \n As garantias e certificações continuam as mesmas. Evidentemente\n pode acontecer de algum país, numa reação mais precipitada gerar algum tipo\n momentâneo de restrição, mas vamos dar as explicações necessárias a isso,\n completou. \n \n \n \n \n
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