Sábado, 3 de Maio de 2025
Geral
11/07/2012 09:00:00
Laudo detecta aumento da poluição na margem sul-mato-grossense do Rio Paraná
O laudo aponta que até a etapa atual da obra não há mudanças na qualidade da água.

Da redação/LD

Imprimir
\n \n O Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da\n Universidade Federal do Paraná (ITTI-UFPR), responsável pela série de programas\n socioambientais que acontecem durante a construção da nova ponte sobre o Rio\n Paraná, divulgou nesta quarta-feira (11) os resultados da terceira campanha de\n coleta e análise da água nas proximidades do canteiro de obras, realizada em\n junho.
\n nbsp;
\n O laudo aponta que até a etapa atual da obra não há mudanças na qualidade da\n água. As amostragens são avaliadas segundo critérios da Resolução 357/2005 do\n Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e levam em conta pH (potencial\n hidrogeniônico), temperatura, cor, fósforo, nitrato, nitrito, óleos e graxas\n totais, coliformes, entre outras características.
\n nbsp;
\n No total, 12 pontos do rio foram avaliados (quatro em cada margem e o restante\n na região central do rio). Nos pontos localizados na margem sul-mato-grossense\n o índice de coliformes está acima do valor considerado como aceitável pela\n Resolução do Conama, embora esses números não tenham relação com a obra.
\n nbsp;
\n “Os níveis elevados são justificados pela existência de uma tubulação com saída\n de esgoto doméstico diretamente no rio, local bastante próximo de onde foram\n feitas as coletas. Por se tratar de um canal de acesso à eclusa [da barragem do\n Jupiá], a velocidade da água no trecho é baixa, dificultando a dispersão dos\n efluentes, o que mantém a concentração em níveis elevados”, explica o\n supervisor ambiental do ITTI José Thiago Nogueira.
\n nbsp;
\n O supervisor ambiental frisa que a origem do esgoto não tem relação com o\n canteiro de obras: “As saídas de esgoto do canteiro de obras são ligadas\n diretamente na rede de esgoto de Três Lagoas, sem gerar impactos diretos ao\n meio ambiente”.
\n nbsp;
\n Já na margem paulista não há nenhum índice acima dos padrões exigidos pelo\n Conama.
\n nbsp;
\n nbsp;
\n Histórico da qualidade\n da água no Rio Paraná\n \n Desde o início da obra que ligará Três Lagoas a Castilho, em junho\n de 2011, o Instituto monitora a qualidade da água do Rio Paraná. O estudo é\n parte do Programa de Proteção de Corpos Hídricos, que visa identificar\n eventuais processos de contaminação e poluição da qualidade da água, a partir\n da detecção de quaisquer influências em função do empreendimento.
\n nbsp;
\n A primeira avaliação foi realizada em junho de 2011, oportunidade na qual foi\n possível mensurar a qualidade da água antes do início do empreendimento. A\n partir do estudo foi possível concluir que a qualidade da água estava de acordo\n com a classe do rio denominada na Resolução do Conama. As demais análises são\n comparadas com as anteriores para detectar mudanças ou influências negativas na\n qualidade da água resultantes da construção.
\n nbsp;
\n O próximo estudo está previsto para outubro.
\n nbsp;
\n Em geral, qualidade da água nos rios do país é baixa
\n No último Dia Mundial da Água (22 de março), a Fundação SOS Mata Atlântica\n divulgou dados alarmantes: de 49 análises de água realizadas em 11 estados\n brasileiros, nenhum dos rios, córregos e corpos d’água apresentaram nível de\n qualidade “bom” ou “ótimo” – 75,5% foram classificados como “regular” e 24,5%\n como “ruim”.
\n nbsp;
\n Assim, o papel de programas de gestão ambiental como o que acontece na ponte\n sobre o Rio Paraná é identificar se a obra está ou não poluindo. Por conta\n disso, o Instituto exige que a construtora adote medidas para evitar a\n contaminação do rio, como o controle de vazamento de combustíveis e óleos, além\n da orientação para os trabalhadores em relação ao descarte correto do lixo.
\n nbsp;
\n A obra
\n A nova ponte terá 1,3 quilômetros de extensão, além dos 6 quilômetros de\n acessos que a ligarão às cidades de Castilho e Três Lagoas. Pertencente ao\n Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a obra teve início em julho de\n 2011 e deve ser concluída até junho de 2014.
\n nbsp;
\n Além do Programa de Proteção de Corpos Hídricos, o ITTI, parceiro do\n Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), executa mais 12\n programas socioambientais na obra de construção da ponte sobre o Rio Paraná.\n Entre eles estão o Programa de Educação Ambiental, Proteção de Flora e Fauna,\n Segurança e Saúde da Mão de Obra e Controle de Ruídos.\n \n \n \n \n
COMENTÁRIO(S)
Últimas notícias