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ImprimirNesta quarta-feira (9), o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) incluiu 155 empregadores no Cadastro de Empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. Desse total, seis são de Mato Grosso do Sul.
Conhecido como lista suja do trabalho escravo, o cadastro é atualizado a cada seis meses. As atividades econômicas com maior número de empregadores incluídos são criação de bovinos, cultivo de café e trabalho doméstico.
Atualmente, o Estado soma 13 empregadores na lista. Das seis novas propriedades inseridas, duas são de Corumbá: a Fazenda Santo Antônio e a Fazenda Campo Alegre, onde foram encontrados nove trabalhadores em situação de escravidão.
A Fazenda Pedra Negra, localizada em Aparecida do Taboado, lidera entre os novos registros, com 20 trabalhadores encontrados. Em seguida vêm a Fazenda Guarujá, em Caracol, com 11 trabalhadores, e a Fazenda São Lourenço, em Ponta Porã, com cinco.
Também entrou na lista a Fazenda Invernada do Piri, situada na reserva indígena Kadiwéu, em Porto Murtinho, onde foi localizado um trabalhador em condições degradantes.
Outras sete propriedades que já haviam sido inseridas em atualizações anteriores permanecem no cadastro. Corumbá continua sendo o município com maior número de fazendas envolvidas, com quatro: Fazenda Pousada do Sul, Santa Rute, Bandeiras e Nossa Senhora Aparecida. Juntas, essas propriedades somam 14 trabalhadores resgatados.
Em número absoluto, a Fazenda São Joaquim, em Angélica, é a que registrou o maior total de trabalhadores em situação análoga à escravidão no Estado: 31 pessoas. A lista também inclui a Chácara Sossego, de Laguna Carapã, com seis casos, e a Fazenda Marreta, de Dourados, com sete.