\n \n A onda de protestos\n em Campo Grande continua neste sábado, com mais duas manifestações, e não deve\n terminar tão cedo. Pelo menos é o que prometem os organizadores do Ato Público\n em Campo Grande. Eles já realizaram dois protestos contra a corrupção,\n incluindo-se o primeiro que levou aproximadamente 60 mil pessoas às ruas em uma\n manifestação histórica pelo fim da impunidade dos políticos corruptos. \n \n Mesmo com chuva e\n um frio de 16º, cerca de duas mil pessoas, segundo a Agetran (Agência Municipal\n de Transporte e Trânsito), participaram do segundo dia de protestos na Capital.\n Eles saíram da Praça do Rádio e fizeram atos na frente da Prefeitura, da Câmara\n Municipal e do Fórum de Campo Grande. \n \n “Vamos seguir os\n companheiros de São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Vamos nos mobilizar\n para que tenha um protesto toda a semana também em Campo Grande”, disse um dos\n jovens que foi ao protesto mesmo com a chuva e frio. \n \n "Agora é hora\n de não desfocar. Como vai vir menos gente hoje devido a chuva, não podemos\n desfocar”, disse outro. “Só ontem 30 mil pessoas confirmaram e mais de 60 mil\n vieram. Então vamos continuar nos mobilizando”, argumentou um terceiro\n manifestante. \n \n “Temos em média 800\n mil habitantes em Campo Grande. Se toda a semana, 5% ou 10% comparecerem nós\n vamos mudar o país”, destacou outra. \n \n Próximo protesto \n \n Após os três dias\n de protestos marcados para o Dia do Basta, nesta quinta, sexta e sábado, os\n manifestantesnbsp;também decidiram o próximo protesto: dia 26 de junho, dia de\n votação danbsp;PEC 37,nbsp;a Proposta de Emenda Constitucional que tira o\n poder de investigaçãonbsp;do Ministério Público. \n \n Hoje, o III Ato\n Público em Campo Grande muda de local e vai para a Praça Ary Coelho, a partir\n das 15h. Como ocorrerá um outro evento na Praça do Rádio, o grupo transferiu o\n local da concentração. O Centro da Capital também terá a Marcha da Maconha no\n mesmo horário e local. \n \n "Varias coisas\n aconteceram nesses dois dias de evento, mas não da pra se dobrar diante de tudo\n isso, esse manifesto correrá da mesma maneira, pois o manifesto é do povo para\n o povo, venha, traga seu cartaz, bandeira, apito, mascara, mas principalmente,\n venha com com foco, com um objetivo, venha para lutar por aquilo que você\n anseia mudar", diz a organização na fanpage do Facebook, onde mais de 38\n mil manifestam apoio ao ato. \n \n "A cidade de\n Campo Grande não vai parar por motivo algum, seja pela mídia que tenta nos\n dividir, seja pela opressão de alguns poucos e despreparados policiais, seja\n por alguns poucos vândalos", frisam, endossando o coro contra os meios de\n comunicação. \n \n Ainda neste sábado\n deve acontecer a Marcha da Maconha, que também está convocando o público para a\n concentração na Praça Ary Coelho. O evento está previsto para iniciar uma\n marcha a partir das 15h. A campanha pela liberação da droga já conta com a\n adesão de 1.108 pessoas no Facebook. \n \n A primeira passeata\n levou uma multidão às ruas da Capital. A maioria estava revoltada com a\n roubalheira da classe política e as denúncias de corrupção, como o desvio de dinheiro\n da saúde em Campo Grande. Também mostraram a indignação com os vereadores, que\n gastavam R$ 76 mil com “café de luxo” e tiveram reajuste astronômico nos\n salários em dezembro do ano passado. \n \n Nem os confrontos\n com os guardas municipais e a Tropa de Choque inibiu os manifestantes, que\n prometem ir às ruas de novo hoje e parar o Centro de Campo Grande. \n \n \n \n \n