\n \n Após perder pela segunda vez a linha telefônica do celular no\n mesmo ano, Gilberto da Silva Nunes irá nos próximos dias fazer uma peregrinação\n por empresas de telefonia onde irá buscar uma portabilidade. O médico\n psiquiatra quer deixar a Claro, com quem possui uma conta pós-paga desde 1995\n (quando ainda tinha o nome de Americel), e culpa o mau atendimento que teria\n recebido na loja onde tentou resolver o problema. \n \n “Hoje pela manhã fiquei muito feliz porque vi a solução do problema.\n Meu telefone tocou e a minha linha telefônica voltou. Não me ligaram para\n pedidos de desculpas e nem me foi enviado nenhuma mensagem. Depois de passar\n por todo esse transtorno novamente vou ter que ir até outras empresas para\n saber se além da Claro alguma outra prestadora oferece mais segurança ao\n cliente. Penso sim em fazer a portabilidade”, relata o médico que tem contato\n pelo número com cerca de três mil pacientes do Hospital Nosso Lar, da Clínica\n Carandá, da Cassems e do seu consultório. \n \n O cancelamento da linha telefônica utilizada por Gilberto foi\n feito por telefone através da central de atendimento, onde outra pessoa abriu\n um protocolo apenas com a confirmação de três dados pessoais do médico: nome,\n CPF e endereço. O serviço de telemarketing sequer conferiu a recomendação\n solicitada pelo médico de que só faria o procedimento pessoalmente em uma\n unidade da empresa. Na primeira vez que teve seu telefone desativado do sistema\n o cliente precisou esperar três dias úteis. \n \n “Pra um vagabundo entrar no sistema e trocar o número de uma\n pessoa ou cancelar a linha é fácil. Agora pra corrigir uma fraude eu peço ao\n vivo e não resolve. Tentei por um monte de vezes no telefone, mas sou atendido\n com descaso. Eu dependo desse número de telefone pra minha profissão”, reclamou\n o médico na loja da Claro ao expor o seu problema. \n \n Na última quarta-feira o mesmo aborrecimento surgiu, após quatro\n meses da primeira ocorrência. Para ser atendido pela gerência Gilberto precisou\n retornar duas vezes na loja e pegar senha. A operadora por sua vez atribuiu a\n falha a Central e ao Serviço de Telemarketing que não teve os cuidados\n necessários para a desativação da linha telefônica do médico. \n \n “É uma situação chata, mas não depende da gente aqui uma\n resolução. O prazo para casos como este que não são comuns é de três dias úteis\n após a abertura do protocolo. Não tenho como resolver rapidamente. Fui que o\n atendi da outra vez que houve o mesmo problema e foi colocada no sistema uma\n orientação sobre a contrariedade deste cliente no interesse em trocar de\n número”, diz a gerente da unidade da Claro localizada na Rua Cândido Mariano\n com a Rua 14 de Julho, Graziela Freitas. \n \n Realidade Especialnbsp;de MS \n \n Para o advogado de Gilberto a prática de mau atendimento e problemas\n de consumidores com empresas de telefonia em Mato Grosso do Sul tem\n um motivo bem claro. De acordo com especialista em Direito Civil, Fabio\n Nakaya, os conflitos acontecem rotineiramente em virtude da política de\n punições da Justiça no Estado. \n \n “Em outros\n Estados as indenizações são de valores bem maiores, como no\n Mato Grosso, em São Paulo,\n no Rio Grande do Sul. Em\n Mato Grosso do Sul infelizmente o erro da empresa com o\n consumidor compensa do ponto de vista financeiro. Pro cliente, que é mau atendido\n e sofre constrangimento, obter uma sentença de uns R$ 5.000,00 nos tribunais é\n uma dificuldade grande. Falta um trabalho educacional e punitivo maior para a\n prevenção de problemas assim”, relata Fabio.
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